José Maurício de Barcellos

Os patriotas

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Compulsando antigas anotações do tempo de estudante do velho Colégio Militar do Rio de Janeiro, me deparei com um pensamento do notável cofundador da Academia Brasileira de Letras e primeiro ocupante da Cadeira número 2, Coelho Neto (1864-1934), escritor, político e professor brasileiro, que registrei num alfarrábio qualquer: “Não pode haver nacionalidade sem patriotismo, força que alguns acham ridícula, mas que, como a vida, pulsa no coração. Esse é o princípio da grandeza, o prestígio que tudo consegue, o propulsor de todas as energias, o espírito eterno, a alma, enfim, das nações, alma que as leva às grandezas, que as anima na luta, que as acorçoa nas iniciativas, que as consola nos desastres e que as eterniza”.

Aí, então, o pensamento voa e vai em busca do que ocorreu com a Nação Verde Amarela que, de tão ultrajada nas últimas três décadas, praticamente sucumbiu nas mãos daqueles que se entregaram ao dinheiro e ao poder, sem se importar de ter que vendê-la para espúrias ideologias esquerdistas. No âmago de tudo faltou àqueles que nos governaram no período após o regime militar de 1964 a qualidade de patriotas. A ausência desse princípio que, como disse Coelho Neto, “é a alma das nações”, deu causa à ultrajante afronta à família; à proposta para dizimar a cultura judaico-cristã; ao covarde e dissimulado propósito do social-comunismo de subjugar o povo pelos grilhões da miséria e da ignorância.

De 1985 para esta parte tornou-se ridículo ou politicamente incorreto ser patriota; também obscuro e atrasado pertencer ou pretender ser membro de uma família tradicional; ignorante e fanático praticar a fé ou extremamente burro e careta cultuar a ética ou defender a probidade. Foi assim que os governantes procederam, de Sarney a Temer, bem como as quadrilhas que os sustentavam no poder. Para governar o Brasil, daqueles tempos, era preciso ser viscoso e esperto; era necessário ser ladrão, no mínimo trapaceiro, e por todos os meios e modos esquecer os compromissos com a Pátria, com os quais iludiram nossa gente para se elegerem e para conseguir firmar outros pelos quais avacalharam as instituições e destruíram a Nação brasileira a ponto de subjugá-la a um código de proteger corruptos e poderosos que, por ironia e deboche, ainda ousaram chamar de “Constituição Cidadã”.

Nomear os governos civis dos últimos 35 anos de patriotas também, mesmo depois do tanto que desmoralizaram o Brasil perante o concerto das nações livres; depois do tanto que roubaram do povo para fornir as algibeiras de sanguinários ditadores da “América Latrina” e de África; depois do muito que roubaram do erário público vitimando milhões e milhões de trabalhadores, é cuspir no rosto do povo, é como lançar no rosto do povão o epíteto do idiota, é ousar pensar que o povo jamais se levantaria para impor aos “Malditos da Pátria” uma “Ordem Nova”, como agora o fez nas ruas e nas urnas, desde 2018.

Diz um pensamento “bonapartista” que, “a experiência é a verdadeira sabedoria das nações”. Nossa gente experimentou o mal. Viu nitidamente a estrada bolivariana que para nós estava sendo pavimentada; sentiu a dor de ver famílias inteiras destruídas pela violência e pelas drogas; padeceu sob a afronta e o achaque dos jovens idiotizados pela esquerda insana; foi humilhada pela falta de oportunidade e de empregos enquanto dela se riam os mandarins, os príncipes e os nababos dos três poderes da República, tendo ainda, por açoite, que os sustentar – como sustentado tem ainda hoje – a custa da tal “miséria-mínima” que desde os idos de Getúlio Vargas se atira, como sobras ou restos, para os pobres e os desvalidos.

Depois dos tempos dos canalhas FHC, Lula e Dilma, nem mesmo uma nação tínhamos mais. Os símbolos nacionais eram surrupiados da vista do povo para serem esquecidos e em seu lugar se ostentava desabridamente bandeiras e símbolos advindos de regimes assassinos. Nossa história, nossa honra e nossos heróis foram varridos da mídia dos “Barões das Comunicações” e do mercado editorial da “esquerdalha maldita” e em seu lugar, diuturnamente, eram endeusadas as figuras de déspotas sanguinários que civilizações inteiras execraram. Nossa cultura foi de tal forma deturpada e achincalhada que a educação no Brasil virou paras as futuras gerações a garantia de uma velhice burra, medíocre e pobre. Assim, destruindo o presente durante o tempo todo, os vermelhos visaram a garantir que o “Brasil não mais pudesse ser um País no futuro”, porque ferida de morte estava nossa nacionalidade.

Não pode haver nacionalidade sem patriotismo, disse Coelho Neto. Nosso povo, a grande massa popular é patriota, com certeza. Porém, como gente nossa não se tenha, por exemplo, a “cacicalhada” política abominável; os Mandarins do STF; os que integram o lado negro do Judiciário ou do Congresso Nacional e a “esquerdalha” ainda homiziada pelo PT e seus puxadinhos, na máquina governamental. Não, o Brasil não é aquela gente! Os nossos muitos Brasis são os homens e mulheres de honra que livremente elegeram e que dão sustentação a este governo dos patriotas, que veio para ficar. Daí esta nova e muito recente luta na qual o Presidente da República se atirou, de corpo e alma, em defesa das liberdades de manifestação do pensamento de cada um de nós brasileiros. Esta é a realidade; simples assim.

Exausto, como qualquer de nós cidadãos do bem, dos abusos cometidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito inconstitucional 4.781, o Presidente Jair Bolsonaro anunciou em seu Twitter que requereu no STF a suspensão do bloqueio de perfis de jornalistas, blogueiros, parlamentares e empresários “bolsonaristas” nas redes sociais. Com pedido liminar, foi interposta uma Adin (ação direta de inconstitucionalidade), tendo como autor o próprio presidente, juntamente com o advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral Júnior.

As redes sociais que foram bloqueadas pertencem aos investigados no inquérito 4.781 que, de acordo com o ministro Alexandre de Moraes, busca apurar um suposto crime por produção de notícias falsas, falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas e ameaças que hipoteticamente atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal e de seus membros. Na opinião de juristas de nomeada e, surpreendentemente, até daqueles que estão sempre a favor do contra, como a “uspiniana” Janaina Pascoal, a ação do ministro Alexandre de Moraes é uma violação à Constituição Federal de 1988. Em anúncio nas redes sociais, Jair Bolsonaro alegou que o desbloqueio das contas serve para “assegurar a observância aos direitos fundamentais das liberdades de manifestação do pensamento, de expressão, de exercício do trabalho e do mandato parlamentar, além dos princípios da legalidade, do devido processo legal e da proporcionalidade”.

Este Presidente que, sem o apoio ou o concurso de entidades, associações, partidos políticos e do stablishment corrupto e venal, já se tornou o governante mais popular na história política do Brasil nos últimos 100 anos, não necessitaria se lançar numa guerra desta magnitude em defesa da liberdade contra a mais Alta Corte do País – hoje considerada, aqui e no exterior, como uma vergonha nacional, capaz dos atos mais abjetos contra o próprio Brasil – se não fosse por amor a esta terra, se não fosse um autêntico patriota que, em face de sua formação pessoal, bem sabe que uma nação sem liberdade é o mesmo que um cidadão desonrado, não vale nada.

Inobstante, os feitos e as realizações do governo atual estão acontecendo por toda parte, para desespero dos contras. O presidente Jair Bolsonaro usou suas redes sociais na última segunda-feira (27) para divulgar as ações de combate à criminalidade e o saldo positivo de seu governo: 18 meses sem um único caso de corrupção. Bolsonaro atribui esta fantástica marca — nunca alcançada em governos passados — à escolha técnica dos ministros de governo e a boa gestão estimulada pelo Planalto. Por iguais motivos patrióticos o presidente também divulgou a alta nos índices de operações da Polícia Rodoviária Federal e o aumento significativo na apreensão de drogas nas estradas do país. Os créditos são dados à postura adotada pelo novo Ministro da Justiça, André Mendonça, que “deu meios e autonomia para que a mesma agisse com todo seu potencial”, o que na gestão de Moro – o Calabar – não ocorreu.

Tudo acaba desaguando em favor da Pátria. Segundo informações da Agência Brasil, o Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), cresceu 1,7 ponto de junho para julho deste ano. Essa foi a terceira alta consecutiva do indicador. Com o resultado, a confiança do empresário do comércio brasileiro passou para 86,1 pontos, em uma escala de zero a 200. Todavia persiste o cenário de elevada incerteza no mercado de trabalho, como, aliás, não poderia ser diferente em razão da crise extrema que o mundo atravessa, porém nada – absolutamente nada – resiste ao trabalho.

Por causa disso tudo, este governo de patriotas já é visto no mundo inteiro como o terror dos “globalistas” do ex-nazista George Soros – leia-se: hoje socialistas safados – como fortaleza contra o comunismo internacional; como garantia da boa oportunidade de negócios entre as nações independentes; como exemplo de superação de crises econômicas e como segura promessa de contribuição para livrar o mundo da fome, segundo as mais sérias instituições internacionais, tal como a OCDE e o Banco Mundial. Vamos combatendo…

Jose Mauricio de Barcellos ex Consultor Jurídico da CPRM-MME é advogado – E-mail: bppconsultores@uol.com.br.

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