José Maurício de Barcellos

O povo é o alvo

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Não foi Bolsonaro que trouxe a “Nova Ordem” que, pela graça de Deus, se instalou no Brasil de janeiro de 2019 em diante. Foi uma insuperável reação a tudo e a todos quantos desgraçaram a Nação Brasileira e a envergonharam perante o mundo que, exigindo a tal “ordem nova”, elegeu o Capitão para liderá-la. Os contras sabem disto muito bem e muito se engana quem supõe que a guerra hoje travada pelos vermelhos, de todas as tendências e matizes, visa destruir o Presidente eleito e derrubar sua equipe em primeiríssimo lugar. Não! O que os contras pretendem mesmo é atingir o povão patriota para voltarem ao poder e no poder voltar a roubar.

Posso citar centenas e centenas de ações que bem explicam aquela luta sem trégua que denuncio sistematicamente e que hoje têm no STF e no Congresso Nacional suas maiores trincheiras, porém vou me ater a duas das muitas ações recentes que escancaram o cenário da luta da qual falo sem parar.

A primeira diz respeito à prisão do oitavo preso político do Brasil por apenas e tão somente ter criticado os ministros do STF, o que toda a Corte dos Mandarins mais odiados do País considera um inaceitável e intolerante ato antidemocrático. O Mandarim do “Corrupto dos Porões do Jaburu”, Alexandre de Moraes, prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária do jornalista Oswaldo Eustáquio, que está encarcerado desde a última sexta-feira (26), porque o magistrado careca, sob o qual pesam acusações terríveis – ele próprio e somente ele por expensas próprias – acusa o comunicador das redes sociais de estar mobilizando uma parcela da população, com igual pensamento cívico, objetivando propagar “extremismos” e “discursos de ódio”. Em outras palavras, o petulante Ministro de Temer pensa assim: “falou mal dos deuses do Olimpo comedores de lagosta, vai para o xilindró”.

Como não poderia ser diferente, a segunda vem do Senado do inconfiável Alcolumbre e agora vai para Câmara de Rodrigo-Botafogo-Nhonho-Jatinho-Maia, qual seja o Projeto de Lei que criminaliza a liberdade de expressão na Internet, recém-aprovado no Senado Federal. Esta faca que está sendo cravada nas costas dos patriotas que derrotaram nas ruas e nas urnas boa parte dos “Malditos da Pátria” (como já disse) na prática institucionaliza uma odiosa censura nas redes sociais, punindo-as porque destruíram o establischment corrupto e venal e desmoralizaram a execrável grande mídia dos “Barões das Comunicações”.

O projeto pretende limitar o número de encaminhamentos de uma mesma mensagem a usuários ou grupos, e o número máximo de membros por grupo, bem como criar mecanismos para verificar o consentimento prévio do usuário para inclusão em grupo de mensagens e listas de transmissões e desabilitar, por padrão, a autorização para inclusão em grupos e em listas de transmissões. Além disso, cada rede social deve identificar os conteúdos impulsionados e publicitários cujo pagamento pela distribuição foi feito ao provedor de redes sociais. No WhatsApp, deverão ser guardados todos os registros de mensagens “viralizadas” (encaminhadas mais de cinco vezes) para combater “conteúdos ilícitos”. Os dados seriam acessados apenas mediante ordem judicial, quando as mensagens atingirem mais de 999 usuários, justo as mensagens das pessoas do bem que arrasam a “esquerdalha”, esta hoje sem muita expressão, porque limitadas às hostes da bandidagem.

Em síntese, tudo quanto a “petralhada” sempre quis alcançar, desde os tempos do “Ogro Encarcerado” com a nojenta colaboração de seu sórdido esbirro Franklin Martins e não conseguiu, agora com a pressão do STF e de um Congresso inteiramente minado, nos coloca na iminência de ter que suportar, a menos que o povo nas ruas exija e que o Capitão ponha a ferros esta farsa.

Devem ser retidos os nomes dos traidores que no Senado estão apunhalando a Nação Verde e Amarela para combatê-los com empenho: Acir Gurgacz (PDT-RO), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Ângelo Coronel (PSD-BA), Antônio Anastasia (PSD-MG), Carlos Fávaro (PSD-MT), Chico Rodrigues (DEM-RR), Cid Gomes (PDT-CE), Ciro Nogueira (Progressistas-PI), Confúcio Moura (MDB-RO), Daniella Ribeiro (Progressistas-PB), Dário Berger (MDB-SC), Eduardo Braga (MDB-AM), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Fabiano Contarato (REDE-S), Humberto Costa (PT-PE), Irajá (PSD-TO), Jader Barbalho (MDB-PA), Jaques Wagner (PT-BA), Jarbas Vasconcelos (MDB-PE), Jayme Campos (DEM-MT), Jean Paul Prates (PT-RN), José Maranhão (MDB-PB), Kátia Abreu (Progressistas-TO), Lucas Barreto (PSD-AP), Marcelo Castro (MDB-PI), Marcos Rogério (DEM-RO), Maria do Carmo Alves (DEM-SE), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Nelsinho Trad (PSD-MS), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Paulo Paim (PT-RS), Paulo Rocha (PT-PA), Randolfe Rodrigues (REDE-AP), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Rogério Carvalho (PT-SE), Rose de Freitas (Podemos-ES), Sérgio Petecão (PSD-AC), Simone Tebet (MDB-MS), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Telmário Mota (PROS-RR), Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), Wellington Fagundes (PL-MT), Weverton (PDT-MA) e mais, Renan Calheiros (MDB-AL), José Serra (PSDB-SP), Flávio Arns (Rede-PR) e Mara Gabrilli (PSDB-SP), que se abstiveram ou não votaram.

Nem sei se esta lei passa e se passar em que termos ela virá, mas o problema todo não é este. O problema consiste em saber se, de esperteza em esperteza, de tombo em tombo, de providência em providência, vai se acuando aos poucos a opinião da maioria – quer desvirtuando-a ou desorientando-a quer desagregando-a – para vê-la tolerar o jogo que convém à esquerda delinquente e às suas trupes, que não se conformam em ter perdido as eleições. Assim, não temos ainda direito de descansar, há que se combater sem cessar. Paciência…

Estão zombando da opinião nacional, estão brincando com os destinos do povo e o que é pior, tudo se faz de uma forma vil acusando os que lutam pela Pátria – antes por aqueles próprios ultrajada – de estarem se valendo de extremismos antidemocráticos, se e quando os patriotas ameaçam seus castelos e bunkers privilegiados, em Brasília-DF.

O que são extremismos antidemocráticos? Dizer, por exemplo, que os Ministros do STF ocupam hoje ilegitimamente suas funções porque perderam um dos requisitos que a Constituição exige para exercê-las (a ilibada reputação), quando mancharam suas trajetórias implorando e assediando ladrões da coisa pública acusados/condenados pela Justiça ou as suas quadrilhas até lograrem ser nomeados, isto é um ato extremo contra a democracia?

Quem ameaça quem em toda essa história? Somos nós os patriotas que queremos impedir a volta dos malfeitores ou aqueles que foram apeados do poder que têm todos os motivos para tentar nos destruir? A rigor, nós que pelejamos pela “Nova Ordem” estamos na defensiva, porque estamos convictos de que se esta vier a ruir fará dos homens de honra deste País as primeiras vítimas e ato seguinte, o Presidente da República, sua equipe e os militares, muitos dos quais terão que deixar o País para não serem “venezuelados”, se os vermelhos retomarem o poder. Antes disso virá a guerra civil, desgraçadamente.

Reparem. As redes sociais, de forma light ou exacerbadamente, salvaram o País dos ladrões, dos socialistas e dos comunistas e vêm lutando contra tudo aquilo, desesperadamente. Então, a coisa toda é de uma clareza mediana e de fácil percepção. Se roubar e tramar para impor ao Brasil as malditas ideologias da esquerda não são e nunca serão atos democráticos, a verdadeira ação democrática está com os patriotas que combatem a vermelhada e ponto final. Tão simples assim.

E nem me venham com toda essa baboseira em torno da defesa da constituição e das instituições, para cercear a liberdade de quem jamais as conspurcou. O que aquela gente do mal fez, nós sabemos todos – já está provado – e o que a “Nova Ordem” pretende está muito claro também. Não se quer destruir o STF e o Congresso Nacional, muito pelo contrário, a pretensão é que voltem a ser instituições que honrem esta grande Nação e não valhacoutos de rufiões do erário público.

O essencial é manter as instituições, fazendo-as fortes e não alvo do achincalhe e do desprezo público, à guisa de proteger aqueles que estão ali para desonra-las e que para tanto não se importam de liquidá-las, sob o fundamento de que se quer preservá-las intocáveis e acima do bem e do mal.

Preparemos nossos corações. Alvo que somos da sanha dos vermelhos e dos corrutos, por mais isso, também, rejeitemos por ilegal, abusivo e espúrio esse inquérito instaurado no STF para homiziar aqueles que o povo quer investigar, julgar e prender e deploremos igualmente as artimanhas do Congresso Nacional que visam calar a voz dos justos e salvaguardar a bandidagem. Vamos continuar! Façamos valer as liberdades que o povo deste País conseguiu até aqui com as próprias mãos ou com o toque dos seus dedos, pois sem isso jamais faremos funcionar a democracia tal qual como desejamos que funcione um dia.

Jose Mauricio de Barcellos ex Consultor Jurídico da CPRM-MME é advogado – E-mail: bppconsultores@uol.com.br

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