O caso do PT

O Partido dos Trabalhadores foi fundado no início dos anos 80 com o objetivo inicial de dar voz a pauta dos trabalhadores. Fruto da união de interesses de intelectuais de esquerda, sindicalistas, políticos que retornavam ao país com a abertura e participação importante de estudantes; o partido, aos poucos foi ocupando importante espaço na política.
Logo em 1982, a candidatura de Lula ao governo do Estado de São Paulo abalava o cenário da política tradicional. De lá até os dias de hoje muita coisa mudou.
Após ter o protagonismo político no Brasil por mais de uma década, o PT, aos poucos foi cooptado pela política tradicional e pelo pior que existe nela.
O partido inchou com a inscrição em seus quadros de figuras fisiológicas que por simbiose política se unem a quem está no poder.
Seus principais líderes, incluindo Lula, se deixaram levar por afagos de falsos amigos e pelo podre esquema de corrupção para financiamento do partido, com a conveniente comissão para os intermediários.
É certo que ninguém até o momento, após devassa investigatória, conseguiu mostrar onde estão os milhões atribuídos a Lula.
Mas lá estão o apartamento na praia e o sítio que certamente Lula poderia ter comprado regularmente. Mas preferiu o tapinha nas costas seguido da tradicional frase dos falsos: “meu presidente!”.
O resultado aí está. O PT deu e dá voz ao que surgiu desde 2013.
O PT tem imensa bancada no Congresso, mas não tem alma nem qualidade.
O PT hoje não tem pauta que interessa aos trabalhadores.
Não abre trincheiras para as coisas mais simples da política, como consertar pontualmente equívocos intencionalmente inseridos na “reforma trabalhista”, como o acesso à justiça, por exemplo. Não grita, não se indigna. O PT se importa mais com Maduro do que com o que terrifica os pobres.
O PT está mais preocupado com a pauta gay do que com o trabalho diário.
Do PT histórico restou apenas o “P”. De pena.