Jorge Motta

Homenagem ao saber

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Há décadas que a imprensa escrita, falada e por televisão destacam o noticiário de funerária, não só no Brasil, mas em quase todo o mundo, independentemente de ideologias. Escolhem sempre o pior para divulgar. De preferência com mortes, com maior frequência agora com essa pandemia do COVID19.

Os fatos de violência, agressões, assassinatos, tiroteios, assaltos, guerras, entre muitos outros, são o “caldo de cultura” preferido da “grande mídia” para informar aos seus milhões de leitores, ouvintes e telespectadores.

Boas notícias, como a que ouso aqui publicar, quase nenhuma.

Por isso, hoje homenageio um brasileiro fora da curva, diplomata e engenheiro, com invejável currículo, que acabou de deixar o cargo de Diretor-Geral da OMC – Organização Mundial do Comércio, a pedido, após exercer o cargo por sete (7) anos. Alegou razões pessoais, ainda tinha mais um ano de mandato. Atitude rara.

Internacionalmente reconhecido por seus pares como o melhor dirigente da OMC, sai mais prestigiado do que quando entrou.

É ele: ROBERTO CARVALHO DE AZEVÊDO, considerado o diplomata brasileiro que mais entende de negociações comerciais internacionais e multilaterais.

Ingressou no Ministério das Relações Exteriores (MRE) em 1984 e serviu nas embaixadas do Brasil em Washington de 1988 a 1991 e em Montevidéu de 1992 a 1994, além de servir na Missão Permanente do Brasil em Genebra de 1997 a 2001.

Durante sua carreira vitoriosa e competente ainda ocupou as seguintes funções: Subchefe para assuntos econômicos do Ministério das Relações Exteriores de 1991 a 1996. Chefiou o Departamento Econômico do MRE, quando foi chefe da delegação brasileira na Rodada de Doha. Foi indicado pelo Brasil em dezembro de 2012 para concorrer à direção-geral da OMC no período de 2013 a 2017.

Sobre esta indicação, tenho o relato de um grande amigo, Albert Melo, Diretor-Geral do importante Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) durante onze anos, pesquisador reconhecido internacionalmente, também, pela sua competência, patriotismo e honradez, à época integrava a delegação do Ministério de Minas e Energia na V Cúpula do BRICS, em Durban, África do Sul quando conheceu o Embaixador Roberto Azevêdo, me disse ele Albert: “tive o prazer e o privilégio de conhecer em Durban o Embaixador Azevêdo, diplomata jovem e dos mais competentes, – inteligente, cordato, ponderado e experiente – e entendi a razão da sua indicação pelo Brasil à OMC e da busca de apoio que o governo Brasileiro deu ao seu nome”.

Venceu a disputa com o mexicano Hermínio Blanco, que tinha o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia e em sete de maio de 2013 foi eleito Diretor-Geral para um período de quatro anos, sendo o primeiro latino-americano a ocupar o cargo para um mandato completo, a partir de 1º de setembro de 2013.

Em fevereiro de 2017, foi indicado pelos membros da OMC, por consenso, para permanecer no cargo de Diretor-Geral da entidade por mais quatro anos, a contar de 1º de setembro de 2017.

O nosso Embaixador ROBERTO AZEVÊDO participou ainda, em diferentes capacidades, de quase todas as conferências ministeriais da OMC desde o começo da Rodada de Doha. Na condição de alto funcionário Representante Permanente do Brasil junto à OMC, sua comprovada experiência e seu enfoque pragmático renderam-lhe a reputação de negociador competente e íntegro, capaz de identificar soluções criativas e construir consenso em torno delas.

Além de tudo isso ainda representava o Brasil junto a outras organizações econômicas como a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e a União Internacional das Telecomunicações (UIT).

Pois bem, com todos esses serviços prestados ao Brasil não li ou ouvi elogios, nos veículos de comunicação, vale dizer, de toda a imprensa brasileira, destacando o valor desse ilustre brasileiro do SABER. Preferem continuar a divulgar milhares de mortes em todo o mundo, pelo CORONAVÍRUS, numa lavagem cerebral coletiva, e aqui, colocando a culpa pelas mortes, no Presidente Bolsonaro.

Faço através dessa tribuna democrática, o Diário do Poder, uma sugestão ao Presidente Jair Messias Bolsonaro, como simples brasileiro e seu eleitor que sou: Avalie Presidente, conceder ao Embaixador AZÊVEDO a Ordem Nacional do Mérito, por ter engrandecido o nome do Brasil, pela competência, patriotismo e honradez, qualidades pouco comuns nestes tempos.

Ah… Ia me esquecendo, ele não precisa procurar emprego.

A iniciativa privada, as grandes empresas, como sempre atentas para buscar os melhores recursos humanos, Já fez convite irrecusável, que ele aceitou: a Vice-Presidência Mundial da PEPSICO.

Jorge Motta é jornalista

 

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