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Coronavac: sim ou não?

Paula Saab Paula Saab
17/01/2021 às 11:02
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Coronavac: sim ou não?
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O anúncio feito pelo governador de São Paulo João Doria sobre os resultados da Coronavac tem causado comoção e controvérsias entre a população exaltando ânimos nas mídias socias. A possibilidade da produção nacional de uma vacina contra a COVID19 em um cenário onde o país parece estagnado no combate a doença e vê em sua segunda onda situações calamitosas como a que acontece em Manaus parece um oásis no meio do deserto.  Agora, nem todo doce é açúcar. As informações referentes ao estudo e a comprovação da imunogenicidade da Coronavac estão longe de serem ideais para uma análise científica adequada. A mídia se confunde com política que se confunde com convicções pessoais. No meio dessa confusão toda a verdade encontra-se somente em um lugar: na ciência.

Resultados

Não há evidência científica em estudo anunciado e não pubicado.  Os resultados da terceira fase que consagraria a vacina do Instituto Butantã como efetiva contra o coronavírus ainda não foram publicados. Simples assim. Anúncio de resultado pelo governador, prefeito ou mídia não pode e não deve ser considerado evidência científica que respalde a segurança e a efetividade de qualquer medicação. O estudo com os dados, a metodologia e os resultados obrigatoriamente devem ser publicados em revista científica respeitada para que possamos considerar a aplicação na população em massa. O Brasil pode fabricar sua própria vacina mas não sem antes deixar as informações claras para a comunidade científica e submetê-las a avaliação de técnicos independentes a realização do estudo.

50 %

O anúncio da taxa de imunização começou com um confuso 70% a 80% e agora passou para 50,38% de eficácia nos últimos dias. Quando comparamos a vacinas da Pfizer e da Moderna que chegam a 95% de eficácia parece que estamos mal. Não estamos. Trabalhamos diariamente por exemplo, com medicações que reduzem risco relativo de eventos cardiovasculares ou oncológicos em torno de 20% a 30% e são muito bem aceitos. Ter uma vacina que imuniza metade da população ao invés de 95% não a transforma em uma opção ruim mas sim em um processo mais longo para chegar à imunidade de rebanho. Imaginar uma vacina doméstica no cenário bizarro desenhado por essa pandemia é motivo de muito orgulho.

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100 %

Uma pirâmide mostrando 100 % de eficácia da vacina contra casos graves foi publicada em várias mídias sociais. Cuidado. Essa análise leva em conta um subgrupo de pacientes, aqueles que ficaram graves. Fazer análise de subgrupo é arriscado no maior rigor científico, imagine em um estudo não publicado. Evoluir para caso grave pode ter o mesmo significado de qualquer outra característica pessoal como por exemplo, a cor dos ohos. Dentro das informação anunciadas até o momento, não há como comprovarmos que a coronavac diminui em 100% o numero de casos graves. É uma afirmação perigosa do ponto de vista estatístico.

Sim ou não ?

A resposta é sim!  Considerando que o estudo deve ser publicado e revalidado por time técnico independente, é seguro e muito prudente receber a vacina. A coronavac ao contrário das demais vacinas contra a COVID-19 é fabricada através de cultura de vírus atenuado e a princípio é muito segura. Cada dia com sua agonia, vemos diariamente notícias envolvendo a pressão sobre a ANVISA para liberação do uso.  Os passos da validação científica devem ser respeitados para garantia da segurança e da efetividade de qualquer medicação. Os 50% de imunização anunciados pelo Instituto Butantã é sim um número relevante e pode barrar a evolução natural da epidemia, levando mais tempo e necessitando um maior número de pessoas vacinadas, mas pode.

Paula Saab, médica, é colaboradora da Agência Jornal de Notícias (AJN1).

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