Luciano Silva Martins

A pandemia e o desemprego

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Dados alarmantes, aumento progressivo de novos casos de Coronavírus pelo mundo, segundo a agência de notícias Reuters, aproximadamente 40 países relataram o dobro de casos apenas de um dia para o outro. A penúltima semana do mês de julho se encerrou pelo mundo com essa triste constatação.

No Brasil a realidade segue seu curso, os números continuam aumentando, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa País tem 106.571 óbitos registrados e 3.278.895 diagnósticos de Covid-19, nesta sexta 14 de agosto.

O ano preparou seu plano de aula com matrícula obrigatória a todos, indistintamente, pouco se importando com sonhos e planos, não respeitou fronteiras, pouco se importou com as diferenças étnicas, culturais e de outros tantos matizes sociais

Entre um tema e outro que o mundo precisa discutir e avançar, o protagonismo segue com o COVID-19, seus efeitos, e os desdobramentos de contenção.

Nesse contexto, a causa social sanitária que estamos a enfrentar  apresenta números cujos efeitos farão aglutinar a outros fenômenos sociais, como é o caso da relação emprego versus desemprego.

É sabido e ressabido que o tema “mercado de trabalho” é pauta mesmo antes de qualquer pandemia recente. Entretanto o coronavírus trouxe novos contornos.

Informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, mostrou que apenas no mês de maio deste ano, no Brasil foram fechados 331.901 postos de trabalho com carteira assinada.

Ainda segundo o mesmo relatório, somente o grupo de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura contrataram no mês de maio.

Apesar das tristes e recentes estatísticas, alguns municípios protagonizam neste cenário de incertezas.

É o caso de Campo Grande, a Capital sul-mato-grossense, que comemora o aumento significativo na oferta de vagas.

Apenas a Fundação Social do Trabalho de Campo Grande – FUNSAT, divulgou no mês de abril 161 vagas de emprego, no mês de maio foram 268, enquanto que no mês de junho foram 362 vagas ofertadas, julho entretanto trouxe 598 novas oportunidades divulgadas.

Os empresários entenderam o momento e com a serenidade necessária demonstraram apoio às medidas emanadas do Executivo Municipal. Os números retratam, sobretudo, responsabilidade, destreza, força e maturidade da Capital Morena.

Assim, mesmo à luz do distanciamento sanitário, e de todas as ações e medidas hipotecadas em garantia à vida, as trevas do desemprego não evoluíram para um quadro mais grave, qual seja, o “banimento social econômico”.

Dessa forma, com responsabilidade, trabalho, com as medidas de distanciamento indicadas pelos Profissionais Sanitários, com a participação da sociedade civil organizada, e com consciência social de todos, estamos superando os desafios.

Luciano Silva Martins é advogado, professor e diretor presidente da Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat).

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