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A insuficiência civilizatória e as escolhas políticas

Alfredo Bertini Alfredo Bertini
04/04/2021 às 00:00 | Atualizado às 20:26
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Enfim, quais os rumos da Cultura?
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O ser brasileiro é uma espécie de cônjuge que vc ama sem quaisquer restrições precedentes, mas sabe a capacidade dele lhe trair com todos elementos procedentes. Parece-me algo factual. E isso ocorre por razões que vão do desleixo às escolhas políticas, porque a nação ainda não conquistou seu marco civilizatório, pautado pela plenitude do senso ético e solicitude do respeito coletivo.

Nesse contexto doído da pandemia e diante de uma política de imunização atrasada e arrastada, uma parte da sociedade ainda assiste incrédula a cenas de um dramalhão surreal. Um roteiro que poderia ser dispensado, pelo menos daqueles olhos mais sensatos. Uma pena que essa nação resista tanto a um grau imponderável de insuficiência civilizatória. Aliás, algo que anda muito bem acompanhado pelas escolhas políticas equivocadas. Reitero: são “amantes” cordiais desse cidadão infiel que é o “ser brasileiro”. Para meu simples intento, basta olhar alguns fatos recentes, todos capazes de revelar o estrago dessa infidelidade.

A pergunta genérica que não quer calar: como entender um marco civilizatório que se sustente na organização da sociedade, diante de certas atitudes vistas nesse momento crítico da pandemia?

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O nó da questão

Vou agora especificar, por duas linhas distintas. Do lado dos que negam a realidade, como encarar as disposições individuais, egocêntricas, de quem deseja aglomerar, independente de quaisquer razões? Será que não enxergam que os riscos de transmissão são bem maiores do que a capacidade do sistema de saúde atender os eventuais contaminados? Agora, do lado dos que encaram a realidade, o que dizer de indivíduos ou grupos que, por vontade própria ou determinação superior, passam à frente dos critérios de prioridade? Nos dois casos, tem-se simples exemplos que desconhecem os conceitos vitais numa situação de pandemia: saúde pública e respeito coletivo.

Não obstante esses maus exemplos espontâneos de cidadania, que revelam o distanciamento do brasileiro com relação ao padrão ético e espírito público, assistem-se também falhas no mérito das escolhas políticas com relação ao processo de imunização. Não bastassem os erros de origem na coordenação e no planejamento para um enfrentamento efetivo da pandemia (esfera federal), falhas nas condições do programa de imunização são resultantes da ineficiência no atendimento e da rendição às pressões corporativas, mesmo que se leve em conta a escassez das vacinas e a lentidão para avançar na cobertura das prioridades.

Cabe aqui relevar o empenho dos governos estaduais e municipais em atender às demandas, mas tirar a execução do programa do foco das prioridades é um equívoco. Já alertei noutro artigo sobre a injustiça dos “quase 60” (em vez de se considerar o ano do nascimento, a opção pela data retarda por dias ou meses reais sexagenários), mas agora surge outra com a vez dos que têm doenças pré-existentes. A força corporativista de certas profissões terminam por superar aqueles que foram definidos lá na origem como prioritários. Falham os que fazem essas escolhas.

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Precisanente, não quero dizer aqui se os profissionais da educação ou da segurança não sejam segmentos importantes. De certa forma, pelo critério etário pré-estabelecido, os mais vulneráveis desses estratos já estão cobertos. Mas a decisão de ampliar essa base para todos integrantes, passando-se à frente dos sexagenários iniciantes e pessoas com enfermidades prévias, penso que seja um critério injusto. Francamente, não consigo enxergar vantagem prioritária entre um jovem educador ou policial diante de quem tem 60 anos ou pouco mais. Ou então, diante de diabéticos, hipertensos e demais acometidos com câncer ou doenças respiratórias, hepáticas e renais. Essa escolha é um contrassenso.

Por essas e outras, percebo que tudo aquilo que a pandemia poderia trazer de lições, na direção do reconhecimento do senso público e da solidariedade, perde-se frente uma cota de incivilidade.

Há tempo ainda para a sociedade brasileira sonhar com a construção de um genuíno marco civilizatório. Mais de cinco séculos depois, entre guerras, pandemias e outros atropelos, está na hora de se colocar os primeiros alicerces.

O Brasil carece de um outro Brasil.

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Alfredo Bertini é economista.

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