Só no 2º semestre

Supremo vai adiar julgamento de suspeição de Moro no caso Lula

Caso foi parar no fim da fila de 11 processos que a corte tem para apreciar e Gilmar Mendes pediu adiamento

acessibilidade:
Ex-presidiário disse que Brasil precisa de refinarias e Moro lembrou o assalto à estatal, especialmente em projetos de refinarias superfaturadas

O julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro no caso do tríplex do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser adiado. Marcado para esta terça-feira, 25, a análise do habeas corpus em que a defesa do petista pede a anulação do julgamento alegando parcialidade do atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, vou parar no fim da fila de 11 processos que a corte tem para apreciar.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, o ministro Gilmar Mendes concluiu que não haverá tempo de debater o caso de Moro. Só o voto dele tem mais de 40 páginas.

Mendes decidiu, então, indicar o adiamento da discussão. O caso deverá voltar à pauta no segundo semestre.

O pedido dos advogados de Lula foi apresentado antes do escândalo das mensagens revelado pelo site The Intercept Brasil.

Nelas, Moro aparece dando pistas, indicando testemunhas, antecipando decisões, acusando a defesa do petista de fazer “showzinho” e discutindo protestos sociais com os procuradores da Lava Jato.

O escândalo reforçou a argumentação dos que o acusam de ter sido um juiz parcial e ligado à acusação. A defesa de Lula apresentou novos memoriais ao Supremo relatando oficialmente os fatos.

Dois ministros da Segunda Turma já votaram no caso: Cármen Lúcia e Edson Fachin. Eles concluíram que Moro não pode ser considerado suspeito.

Faltam os votos de Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

Reportar Erro