Lisura

Rosa Weber pede que candidatos tomem medidas para combater as fake news

Presidente do TSE se reuniu com representantes de Haddad e Bolsonaro para pedir que eles defendam a integridade da Justiça Eleitoral

acessibilidade:
Candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Rosa Weber, pediu que os candidatos à Presidência da República Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) tomem três medidas para combater fake news em suas propagandas eleitorais e atos de campanha.

Weber quer que os presidenciáveis, que disputam o segundo turno pelo Planalto, defendam a integridade da Justiça Eleitoral; declarem que não apoiam a disseminação de notícias falsas; e evitem discursos de violência.

Os pedidos foram feitos durante uma reunião na noite desta quarta (17) que teve a presença dos advogados de Haddad e de Bolsonaro, e dos ministros Luís Roberto Barroso — vice-presidente do TSE — e do ministro Edson Fachin. O coordenador da campanha de Bolsonaro, Gustavo Bebbiano, foi convidado, mas não compareceu. Três advogados do deputado o representaram. Já do lado petista compareceram o coordenador da campanha de Haddad, Emídio de Souza, e advogados.

Desde esta segunda (15), a presidente do Tribunal se reúne com diferentes grupos para tentar encontrar uma maneira de reduzir o impacto das notícias falsas nas eleições deste ano. Os magistrados estão preocupados com os ataques à Justiça Eleitoral. Weber foi ameaçada recentemente e agora a Polícia Federal investiga a origem do e-mail endereçado a ela que questiona a lisura do processo eleitoral.

Na reunião com os dois candidatos à Presidência, Weber disponibilizou que as campanhas levem observadores internacionais ou peritos para acompanhar a apuração dos votos do segundo turno, que acontece no dia 28 de outubro. A ministra pediu ainda sugestões sobre o que pode ser feito para combater as fake news e escutou a demandas e reclamações das duas campanhas.

A equipe de Bolsonaro afirmou que o candidato pelo PSL não pode ser responsabilizado pelos ataques feitos por supostos apoiadores e que não há incitação de violência por parte do presidenciável. Já o PT afirmou que sempre respeitou os resultados das urnas e que entendeu como violência frase sobre “fuzilar a petralhada” dita pelo adversário no Acre, durante um compromisso de campanha. (Com informações da FolhaPress)

Reportar Erro