Caixa 2 em 2014

Pimentel e Bené serão interrogados sobre processo da Operação Acrônimo

Depoimentos ocorrem após ação descer do STJ para a 1ª instância e Pimentel virar réu

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O ex-governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, serão interrogados, nesta terça-feira (30), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte (MG, em processo de desdobramento da Operação Acrônimo, que apura suspeita de caixa 2 na candidatura do petista ao governo estadual em 2014. Os depoimentos ocorrem após o processo que tramitava no Superior Tribunal de Justiça (STJ) descer para a 1ª instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que tornou Pimentel réu em março deste ano.

As investigações apontam que, enquanto Pimentel era ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços no governo de Dilma Rousseff, os crimes investigados eram cometidos, com a participação de outras quatro pessoas supostamente envolvidas na emissão de notas fiscais falsas para lavar dinheiro de propina, entre elas, o empresário Bené.

Pimentel é acusado de ter utilizado serviços da gráfica de Bené, durante a campanha eleitoral sem a devida declaração dos valores. E ainda responde pela suspeita de ter recebido “vantagens indevidas”.

Bené disse, em delação premiada, que o ex-governador de Minas cobrou R$ 5 milhões em propina do grupo JHSF, responsável pelo aeroporto Catarina, em São Roque, na Região Metropolitana de São Paulo; em troca do lobby que Pimentel fez para o grupo operar no aeroporto.

O advogado de Fernando Pimentel, Eugênio Pacelli, afirma que “esta é uma das ações mais temerárias do Ministério Público. O esforço que a polícia fez para achar alguma coisa contra Pimentel caiu completamente na instrução do processo, que só ficou por conta de dois colaboradores. Um só foi ouvido como informante. O MP não provou nada, porque não tinha nada para provar”. (Com informações do G1)

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