Em pleno 2020

Não há negros no CNJ que vai avaliar denúncia sobre racismo de juíza

Juíza de Curitiba afirmou em sentença que um réu é “seguramente integrante do grupo criminoso em razão da sua raça”

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Escândalo da magistratura está no quadro da Polícia Federal e do próprio CNJ. (Foto: Agência Brasil)

Quando chegar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o caso da juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba, que afirmou em sentença que um réu é “seguramente integrante do grupo criminoso em razão da sua raça”, encontrará um colegiado de quinze integrantes no qual não há negros. A vítima do racismo, Natan Vieira da Paz, 42, é negro e foi condenado a 14 anos e dois meses de prisão pela juíza. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O corregedor nacional de Justiça do CNJ, Humberto Martins, ordenou “providências” e fixou prazo de 30 dias para a corregedoria paranaense.

Martins participará, dia 25, de sua última reunião do CNJ. No dia 27, ele assumirá a presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A juíza diz que a frase “foi retirada do contexto”. Como se fosse possível desvirtuar a frase “integrante do grupo criminoso em razão da sua raça”.

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