Ativista extremista

MPF denuncia Sara Giromini por ameaça e injúria contra Alexandre de Moraes

Ativista extremista teve prisão provisória decretada na segunda-feira (15); Procuradoria sugere mínimo de R$ 10 mil em multa por danos morais e ofensas

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Sara Winter era líder do acampamento "300 do Brasil". Foto: Andressa Anholete/Getty Images

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta terça-feira, 16, a extremista Sara Fernanda Giromini pelos crimes de injúria e ameaça contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Como punição, a ação sugere pagamento de “no mínimo” R$ 10 mil por danos morais. A extremista não foi denunciada por crimes contra a Lei de Segurança Nacional.

Sara Giromini está presa temporariamente desde segunda, 15, por ordem dada pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito sobre a organização e financiamento de atos antidemocráticos. A medida se deu após pedido do vice-procurador-geral da República Procuradoria-Geral da República, Humberto Jacques de Medeiros. Também foram expedidos mandados de prisão temporária em face de outras cinco lideranças do ‘300 do Brasil’. Em nota, a PGR indicou que há indícios ‘de que o grupo continua organizando e captando recursos financeiros para ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional’.

O movimento 300 do Brasil’, liderado por Sara, foi criado poara apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).  O grupo se define como militância organizada de direita e foi responsável por um acampamento, com cerca de 30 pessoas, montado na Esplanada no início de maio e desmobilizado no último fim de semana.

A denúncia, assinada pelo procurador Frederick Lustosa, se refere a ofensas da extremista contra o ministro, publicadas nas redes sociais desde o dia 29 de maio. Naquela semana, Giromini foi alvo de ação da Polícia Federal em investigação conhecida como “inquérito das fake news“, que apura “notícias fraudulentas” e ameaças que “atingem a honorabilidade e a segurança” do STF, de seus membros e de familiares.

Após ser alvo de buscas, a bolsonarista xingou e fez uma série de ameaças contra Alexandre de Moraes, chamando-o para ‘trocar socos’. Ela também prometeu perseguir e ‘infernizar’ a vida do magistrado, responsável por determinar a ação da PF.

“Isso não é uma ameaça, não. É uma constatação. O senhor não vai continuar no poder. O senhor vai sair. Por bem, por mal. Quando eu digo mal, algo que se chama coerção civil”.

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