MPF denuncia brasileiros por promover grupo terrorista no país

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 11 brasileiros por formar uma organização criminosa e por promover um grupo terrorista. Segundo a denúncia, os envolvidos tentaram recrutar pessoas para se juntar ao grupo terrorista na Síria, além de discutirem sobre atentados no Brasil e planos para formarem uma célula nacional do grupo terrorista.

Resultado da Operação Átila, que ocorreu em sigilo até março deste ano, a denúncia se baseia em conversas que o grupo mantinham em redes sociais. Em outubro, sete pessoas foram detidas após condução coercitiva. Dois deles permanecem presos. E cinco respondem também por corrupção de menores, que teriam sido recrutados pela organização.

Mesmo preso por homicídio, Jhonathan Sentinelli Ramos, 23 anos, se comunicava por celular de dentro do presídio com os outros integrantes do grupo. Por determinação da Justiça, ele foi transferido para uma penitenciária de segurança máxima, onde outro envolvido, Welington Moreira de Carvalho, 46 anos, cumpre pena.

As investigações começaram há dois anos, após a Guarda Civil da Espanha informar que números de telefones brasileiros estavam em grupos do WhasApp para que promovia, organizava ou integrava o grupo terrorista. Um desses grupos, com 43 membros, era exclusivo para discutir a criação de uma célula terrorista no Brasil.

Em depoimento, esses integrantes afirmaram se comunicar com simpatizantes e membros do grupo terrorista em países como Síria, Turquia e Estados Unidos. Outros chegaram a afirmar que conversavam sobre treinamento de facções paramilitares no país. Todas essas conversas já haviam sido interceptadas pela Polícia Federal. A maioria dos envolvidos não se conhecia pessoalmente e se comunicavam apenas pelas redes sociais. Todos são acusados de promover o terrorismo.