Do homem pelo homem

Leis são feitas por homens sem considerar as mulheres, diz Cármen Lúcia

Presidente do STF afirma que vivemos pelo "olhar do homem pelo homem”

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“Somos parte de uma sociedade em que predomina ainda o olhar do homem pelo homem”, diz Cármen Lúcia (foto: Rosinei Coutinho/SCO STF)

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta quinta (10) que as leis no Brasil ainda são feitas, majoritariamente, por homens que não levam em consideração a realidade das mulheres. Para a ministra, a sociedade ainda adota um “olhar do homem pelo homem”.

“Nós não queremos, definitivamente, um mundo de mulheres, por mulheres ou para mulheres. Queremos um mundo de homens e mulheres felizes”, disse Cármen durante o “Womenwill” do Google, que incentiva a criação de oportunidades econômicas e a promoção das mulheres ao redor do mundo.

A presidente do Supremo falou ainda sobre o mercado de trabalho e afirmou que a diferença entre homens e mulheres nesta área é um “enorme” preconceito contra as mulheres.

“Nós podemos ser maioria no Brasil em termos de formação intelectual, mas em termos de posicionamento no mercado de trabalho, é exatamente e, infelizmente, demonstração de que a igualdade ainda não aconteceu entre homens e mulheres.”

Cármen deu um recado para as mulheres presentes na plateia: “não adianta apenas aprender. Aprender e trancar como ideia na cabeça não resolverá a sua vida, nem a de ninguém. Quando a gente aprende a aprender e a fazer a gente reaprende a ser, a gente se reinventa com o conhecimento que é trazido, e temos a capacidade de mudar”.

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