Operação Penatenaico

Justiça ouvirá em setembro testemunhas de corrupção na obra do Mané Garrincha

Ex-governador do PT é acusado de receber propina no valor de R$6,495 milhões

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Copa América começa no próximo dia 13 de junho Foto: Renato Araújo

As testemunhas da investigação sobre fraudes e desvios de recursos públicos na reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para a Copa do Mundo de 2014, serão ouvidas em setembro. A Justiça Federal marcou para os dias 9 e 10 de setembro as oitivas.

No dia 25 de abril de 2018, a 12ª Vara da Justiça Federal de Brasília acatou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF-DF) contra 12 pessoas, entre elas os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT), e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB), no âmbito da Operação Panatenaico, da Polícia Federal.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), “a partir do ano de 2008, a construção/reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha tornou-se fachada para um esquema de corrupção que englobou agentes públicos e dirigentes das construtoras Andrade Gutierrez e Via Engenharia, envolvendo pagamento de vantagens financeiras, fraudes de processo licitatório e desvio de recursos públicos”. As obras no estádio haviam sido orçadas inicialmente em R$ 600 milhões, mas custou aos cofres públicos mais de R$ 1,6 bilhão.

A denúncia acusa o ex-governador Agnelo Queiroz de ter recebido pagamento indevido de R$ 6,495 milhões. José Roberto Arruda, por sua vez, teria embolsado R$ 3,92 milhões, e Tadeu Filippelli, R$ 6,185 milhões. Os réus respondem por organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude à licitação, em uma denúncia que foi dividida em três ações penais.

Operação Penatenaico

A Operação Panatenaico teve origem em depoimentos de ex-executivos da Andrade Gutierrez em delação premiada assinada no âmbito da Operação Lava Jato. Relembre o caso:

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