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Justiça nega tentativa constrangedora de visita de governadores a Lula

Governadores abandonaram afazeres para tentar visitar Lula

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Com caras de tacho, os políticos oportunistas exibem o despacho do juiz proibindo a farra.

Nove governadores e três senadores foram barrados na tarde desta terça-feira (10), em curitiba, quando tentaram fazer uma vexatória visita a Luiz Inácio Lula da Silva, primeiro ex-presidente brasileiro condenado à prisão por crimes comuns, de corrupção e lavagem de dinheiro, no rimeiro dos sete processos a que responde na Justiça Federal em Curitiba e em Brasília.

Quando chegaram à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde oLula está preso desde sábado (7), os governadores que abandonaram seus afazeres para protagonizar esse vexame foram informados de que visita do tipo estão proibidas pelo juiz Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Em despacho ontem (9), Moro tratou das visitas ao ex-presidente. Ele escreveu que “além do recolhimento em Sala do Estado Maior, foi autorizado pelo juiz a disponibilização de um aparelho de televisão para o condenado. Nenhum outro privilégio foi concedido, inclusive sem privilégios quanto a visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal, a fim de não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública, também não se justificando novos privilégios em relação aos demais condenados”.

“Infelizmente, não conseguimos, pois teve uma decisão judicial que contraria a lei”, disse a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann (PR), que afirmou ter sido deixada uma carta para o ex-presidente. Governador do Maranhão e ex-juiz federal, Flávio Dino disse que “entre as regras da carceragem e a Lei de Execução Penal, todos sabemos que a lei tem primazia. E o artigo 41 da lei diz que o preso tem direito a visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos”.

Além de Flávio Dino e Gleisi, compareceram à superintendência os governadores Camilo Santana (Ceará), Renan Filho (Alagoas), Ricardo Coutinho (Paraíba), Rui Costa (Bahia), Tião Viana (Acre), Paulo Câmara (Pernambuco), Valdez Gois (Amapá) e Wellington Dias (Piauí), bem como os senadores Lindberg Farias (PT-RJ) e Roberto Requião (MDB-PR).

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