1,8 milhão de testes

Justiça envia R$ 26,9 milhões da J&F para Fiocruz comprar testes para o Covid-19

Acordo de leniência da Operação Greenfield bancará kits para testes rápidos da doença

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A Justiça Federal acolheu ontem (2) o pedido da Força-Tarefa Greenfield, com a concordância da J&F, e determinou a destinação imediata de R$ 26,9 milhões para a Fundação Oswaldo Cruz. A cifra milionária financiará a aquisição de 1,8 milhão de testes rápidos para diagnóstico do novo coronavírus. O recurso estava depositado em conta escritural da Caixa Econômica, como parte do montante previsto para atender projetos sociais no acordo de leniência firmado com a J&F.

O pedido foi enviado à 10ª Vara de Justiça no último domingo (29), sob regime de urgência máxima, dado o avanço da covid-19 no país. A decisão ocorreu nessa quinta-feira (2). A iniciativa de destinar os recursos diretamente para a Fiocruz foi motivada por pedido realizado pela presidente da Fundação, via ofício endereçado à Força-Tarefa.

No documento, os procuradores sustentaram que “o enfrentamento da pandemia exige o diagnóstico rápido da doença, o que permitirá a adoção de medidas de prevenção e a cura mais eficientes, além de servir de mecanismo para pesquisas científicas e para a adoção de políticas públicas”.

Nesse aspecto, vale destacar que os testes rápidos têm a característica de detectarem dois tipos de anticorpos: o IgM e o IgG. O primeiro aparece quando o vírus está ativo no organismo do paciente. Já o segundo é encontrado quando a pessoa tem ou já teve contato com o vírus, desenvolvendo possível resistência à doença. Ou seja, esse tipo de teste viabiliza um panorama sobre a disseminação do vírus, revelando inclusive aqueles que não desenvolveram sintomas graves, mas que podem ter sido vetores de transmissão da doença.

Mais recursos

A Força-Tarefa Greenfield também propôs à J&F, no último dia 20, que adiantasse a integralidade do valor acordado na leniência em 2017. O objetivo seria entregar R$ 7,5 bilhões para o Ministério da Saúde (ou entidades vinculadas), a fim de empregá-los no combate ao coronavírus. A holding argumentou dificuldade financeira para atender o pedido, mas avalia contraproposta sobre o assunto. (Com informações da Ascom da Procuradoria da República no Distrito Federal)

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