Caixa de Pandora

Justiça condena promotora e marido por extorsão contra ex-governador Arruda

Casal teria cobrado R$ 2 milhões para não divulgar vídeo em que Arruda recebia propina de Durval Barbosa

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Ex-governador José Roberto Arruda recebendo propina de Durval Barbosa. Foto: Reprodução

A promotora afastada Deborah Guerner e o marido, Jorge Guerner, foram condenados nesta quinta (18) pela Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) pelo crime de extorsão contra o ex-governador José Roberto Arruda.

Deborah Guerner foi condenada a 5 anos de reclusão em regime semiaberto; 66 dias-multa; e a perda do cargo de promotora. Jorge Guerner terá que cumprir 4 anos e 4 meses de reclusão, também em regime semiaberto, além de 67 dias-multa.

Em denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o casal teria cobrado R$ 2 milhões de Arruda para que não fosse divulgado o vídeo em que o ex-governador aparece recebendo propina de Durval Barbosa.

A gravação foi o ponto de partida da Operação Caixa de Pandora, também conhecido como o mensalão do DEM, que levou à cassação do mandato de José Roberto Arruda.

Ainda de acordo com a denúncia, a promotora pediu ainda favorecimento a uma empresa com a qual o marido tinha negócios. O MPF afirmava que Jorge Guerner e o ex-procurador-geral de Justiça do Distrito Federal Leonardo Bandarra teriam orientado o crime.

No mesmo caso, foram absolvidos Leonardo Bandarra, o empresário Marcelo Carvalho, o delator Durval Barbosa, e a ex-assessora de Arruda Cláudia Alves Marques por falta de provas.

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