Operação Lava Jato

Juíza diz que não descumpriu decisão do Supremo ao prender Paulo Preto

A juíza federal Gabriela Hardt envio o ofício nesta quarta (6) ao Supremo Tribunal Federal

acessibilidade:
Paulo Preto foi preso pela PF em 6 de abril de 2018, sob acusação de ter desviado R$ 7,7 milhões da obra do Rodoanel (Foto: Geraldo Magela/Ag. Senado)

A juíza federal Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal em Curitiba, disse hoje (6) que não desrespeitou decisão do  ministro Gilmar Mendes ao determinar a prisão do ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, no dia 19 de fevereiro.

A informação consta em ofício enviado nesta quarta-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido do ministro, que é relator de um pedido de liberdade no qual a defesa de Paulo Preto alega que a juíza descumpriu decisão anterior de Mendes, que determinou a soltura do ex-diretor no ano passado.

No documento, Gabriela Hardt afirma que Paulo Preto é investigado na Operação Lava Jato como suposto operador financeiro em um esquema da Odebrecht para pagar indevidamente políticos e agentes públicos que eram ligados à Petrobras. Segundo a magistrada, os fatos não têm relação com os supostos recebimentos de propina na Dersa, acusações que o ex-diretor responde em liberdade devido ao habeas corpus concedido por Gilmar.

“A decisão reclamada foi tomada no exercício regular da jurisdição, com base nas leis e nas provas, independentemente de qualquer posicionamento da imprensa ou do Ministério Público Federal a respeito do caso, e as alegações de que este Juízo teria tentado driblar V. Exª não encontram sustentação alguma”, afirmou a juíza.

Após receber as informações prestadas pela juíza, ministro vai decidir o pedido de liberdade feito pela defesa de Paulo Preto.

Em maio do ano passado, Gilmar Mendes mandou soltar Paulo Preto. Na ocasião, a prisão foi decretada no âmbito do processo sobre denúncias de irregularidades em desapropriações para construção do Rodoanel Sul, em São Paulo, que teriam acarretado prejuízo de mais de R$ 7,7 milhões aos cofres públicos.(ABr)

Reportar Erro