Desmatamento no Cerrado

Ibama aplica R$ 105,7 milhões em multas por plantio ilegal de grãos

Cinco companhias de grãos e dezenas de agricultores causaram desmatamento

acessibilidade:
O aumento corresponde a uma área de 16,5 milhões de hectares, quase o tamanho do estado do Acre

A segunda fase da Operação Shoyo, parceria do Ibama com o Ministério Público Federal (MPF), multou em R$ 105,7 milhões cinco empresas exportadoras de grãos e dezenas de agricultores por desmatamento e plantação ilegal de soja no Cerrado. Entre as empresas autuadas estão gigantes do agronegócio, como Cargill e Bunge.

As tradings de grãos, que ainda incluem ABC Indústria e Comércio SA, JJ Samar Agronegócios Eireli e Uniggel Proteção de Plantas Ltda, foram multadas em R$ 24,6 milhões.

Segundo o Ibama, as companhias compraram quase 3 mil toneladas de grãos produzidos em áreas que, segundo as leis ambientais, estão proibidas para o cultivo.

O volume de soja a que se refere as multas, contudo, é ínfimo perto do total que as tradings movimentam anualmente, na escala dos milhões de toneladas.

A Operação Shoyo foi iniciada em 2016 contra o uso de terras ilegais em Matopiba, região do Cerrado formada pelos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

O Matopiba é uma das regiões em que o cultivo de soja mais cresce, graças a terras ainda relativamente baratas.

O MPF vai propor ação civil pública para que os infratores reparem todos os danos ambientais causados pela atividade ilegal.

Reportar Erro