Ex-governador de MG

Ex-ministro de Dilma, Fernando Pimentel (PT) é condenado a dez anos de prisão

Foi condenado lavagem de dinheiro e tráfico de influência, com agravante de abuso de poder

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Pimentel foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de influência Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Fernando Pimentel foi condenado pela Justiça Eleitoral a 10 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de influência, com agravante de abuso de poder, no período que foi ministro de Dilma Rousseff. Pimentel poderá recorrer em liberdade.

A sentença foi publicada nesta quinta-feira (21) pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais. Para a juíza Divina de Paula Peixoto as consequências do crime também lhes são desfavoráveis:

– “Não resta dúvida de que os danos decorrentes da ação do réu contaminaram a campanha política do Partido dos Trabalhadores, inclusive a própria, à candidatura ao Governo de Minas Gerais, ao fomentar o ativo financeiro com verbas ilicitamente angariadas. Comprometendo e contribuindo para a desordem do sistema, traindo a confiança de quem representava. Na condição de destaque em que se encontrava no cenário político nacional à época, sua impunidade causa constrangimento às pessoas que creditam confiança e veem em representantes de tamanha envergadura, Inteligência, perspicácia e desenvoltura como a do réu, a esperança de um País melhor”.

A investigação tem como base a delação do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, o “Bené” e apurou irregularidades de caixa dois durante os anos de 2011 e 2014, quando Pimentel era ministro do Desenvolvimento, no Governo Dilma.

Segundo Bené, Pimentel cobrou R$4,25 milhões em propina do grupo JHSF, responsável pelo aeroporto Catarina, em São Roque, na Região Metropolitana de São Paulo. O valor teria sido usado como compensação pelo lobby que  o petista fez para que o grupo pudesse operar o aeroporto.

De acordo com a denúncia, Pimentel utilizou os serviços da gráfica de Bené, durante a campanha eleitoral de 2014 sem ter declarado os valores gastos, além de ter recebido “vantagens indevidas” de Bené. Para os investigadores a campanha do petista recebeu verba irregular do instituto de pesquisa Vox Populi.

A Operação Acrônimo foi  deflagrada em 2015, foi conduzida em principio pelo Ministério Público Eleitoral e depois passou para o Ministério Público Eleitoral.

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