Caso Thiago Faria

Fazendeiro que matou promotor do MP de Pernambuco é transferido para presídio federal

José Maria Rosendo mandou matar Thiago Faria em 2013 e seguirá para Rondônia

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A Justiça deferiu o pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e determinou a transferência o mandante do assassinato do promotor de justiça Thiago Faria Soares para um presídio federal de Porto Velho (RO). O fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa foi condenado em 2016 a 50 anos e quatro meses de prisão pelo homicídio do promotor de Justiça Thiago Faria e pelas tentativas de homicídio de Mysheva Martins e Adautivo Martins e embarcou na manhã desta terça (3) para o Norte do país.

Rosendo havia fugido da Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá (PE), e ficou foragido por quase seis meses até ser localizado na cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, em 29 de julho.

“Dadas as circunstâncias de sua fuga e dos indícios de que teria saído do país [passado pela Bolívia], tendo sido necessário incluí-lo na Difusão Vermelha do site da Interpol, bem como seus antecedentes criminais e grau de periculosidade, não se afigura recomendável que José Maria Rosendo cumpra sua pena em quaisquer das unidades prisionais deste Estado”, ressalta o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros.

O promotor Thiago Faria foi assassinado em 14 de outubro de 2013, na rodovia PE-300, em Itaíba, no Agreste de Pernambuco. E segundo a Polícia Federal, o crime a atuação de Faria no julgamento de uma disputa pelas terras da Fazenda Nova, onde o condenado morava. A terra foi desapropriada em favor de Mysheva, noiva do promotor, que arrematou 25 hectares da fazenda, incluindo a casa-sede, em um leilão da Justiça Federal.

O trâmite da transferência de José Maria teve início com o encaminhamento do pedido, por parte do chefe do MPPE, à Secretaria Estadual de Direitos Humanos, que gerencia o sistema de ressocialização estadual, para indicar uma unidade federal apta a recebê-lo. Da Secretaria de Direitos Humanos o pedido de transferência foi remetido à Vara de Execução Penal competente, a fim de que a Justiça pernambucana concedesse a autorização cautelar para a realocação.

Com a decisão favorável, foi aberta consulta ao juiz federal da Comarca de Porto Velho, que aceitou a transferência do preso, concluindo o trâmite. (Com informações da Comunicação do MPPE)

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