Reconstituição

Delegado do caso Marielle não confirma delação contra vereador e milícia

Polícia exercita a imaginação para reconstituir o crime

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Sem explicar sua utilidade e sem um único suspeito preso, a polícia fez a reconstituição do crime de Marielle.

O delegado Giniton Lages, responsável pela investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco, não confirmou as informações sobre denúncias de um delator envolvendo milicianos, policiais e até um vereador no homicídio.

“Dados sobre a investigação seguem em sigilo. Alguns dados e outros que não pertencem à investigação, que acabaram divulgados por uma ou outra mídia, a Divisão de Homicídios continuará cumprindo o seu protocolo, de não confirmar nenhuma informação apresentada por qualquer mídia. A investigação não pode abrir não do absoluto sigilo”, disse Giniton.

Reconstituição
O delegado acompanha, na noite desta quinta-feira (10), reconstituição do assassinato, no bairro do Estácio, que teve várias ruas bloqueadas ao trânsito de veículos e pessoas. O local foi isolado por uma barreira alta de lona preta, a fim de que ninguém tenha acesso visual à reconstituição. O principal motivo é dar segurança a quatro testemunhas.

Sem qualquer suspeito preso e nem testemunha relevante, exceto a assessora da vereadora, que escapou ilesa e aparentemente nada percebeu até se iniciarem os disparos, a reconstituição acaba se transformando em exercício de imaginação.

Um delator teria informado à polícia que a morte de Marielle foi tramada pelo vereador Marcelo Siciliano (PHS) e o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, atualmente preso em Bangu 9. Ambos negaram enfaticamente envolvimento no crime e Curicica divulgou uma carta revelando inclusive o nome do delator, que era mantido em sigilo, que seria um PM da ativa.

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