Polêmica

Advogado da Odebrecht critica Toffoli por mandar Lava Jato compartilhar dados com PGR

Defensor da empreiteira não explicou por que não quer o acesso da PGR a documentos coletados pelos procuradores de Curitiba

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Caio Farah Rordriguez, que defende os interesses da Odebrecht na Lava Jato - Foto: reprodução do Youtube.

Mal foi publicada e já caiu no anedotário as duras críticas do advogado Caio Farah Rodriguez, defensor da empreiteira Odebrecht na Lava Jato, à decisão do ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenando o compartilhamento de informações da força-tarefa da operação, no Paraná, com a Procuradoria Geral da República (PGR).

Os meios jurídicos ficaram intrigados sobre o interesse do advogado da Odebrecht em que o PGR não tenha acesso a documentos coletados pelos procuradores de Curitiba. Ele não esclarece isso na “análise” do advogado que negociou o “acordo de leniência” da Lava Jato com a empreiteira protagonista do maior escândalo de corrupção da História, publicada nesta segunda-feira (13) no jornal Folha de S. Paulo.

Em seu artigo, Rodriguez omite a condição de defensor da Odebrecht, apresentando-se apenas como “professor e advogado”, insinuando interesse meramente acadêmico ou teórico sobre o tema. Sua ligação à Odebrecht, omitida na edição impressa da Folha, foi corrigida em sua edição online nesta segunda.

Em defesa da posição da força-tarefa da Lava Jato, o advogado da Odebrecht afirma que a decisão de Toffoli foi “institucionalmente perigosa” e até sugere “um grande acordo de proteção mútua entre as cúpulas dos Três Poderes com a PGR”.

Parecem ser amistosas as relações de Caio Farah Rodriguez com procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Em dezembro de 2017, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa e crítico do compartilhamento, publicou em suas redes sociais um post (ao lado) destacando a defesa feita pelo advogado da Odebrecht ao instituto do “acordo de leniência”.

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