Crise internacional

Trump pede a líderes iranianos que “não matem manifestantes”

"O mundo está olhando. E, mais importante, os EUA estão olhando"

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O ex-presidente dos EUA, Donald Trump - Foto: Jim Bourg/Casa Branca.

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, pediu neste domingo (12/1) às autoridades de Teerã que não matem os manifestantes que participam dos protestos por causa do abate de um avião ucraniano.

“Aos líderes do Irã — não matem os VOSSOS MANIFESTANTES”, escreveu Trump na rede social Twitter, recorrendo a letras maiúsculas para acentuar o conteúdo da mensagem.

“O mundo está olhando. E, mais importante, os Estados Unidos estão olhando”, acrescentou o governante, reiterando o teor de outra mensagem, divulgada neste sábado (11/1), na qual alertou o regime de que “não poderia acontecer outro massacre de manifestantes pacíficos”.

Donald Trump referia-se às manifestações contra o aumento do preço da gasolina, ocorridas em meados de novembro no Irã e que foram fortemente reprimidas pelas autoridades do país.

Mais de 300 pessoas morreram durante os protestos de novembro, segundo denunciou a Anistia Internacional.

No sábado, às agências internacionais relataram que centenas de iranianos estavam se manifestando em Teerã, gritando palavras de ordem contra o sistema e a Guarda Revolucionária do Irã por causa do abate do avião ucraniano, um Boeing 737 da companhia Ukraine International Airlines.

Todas as 176 pessoas, incluindo 82 iranianos, que seguiam a bordo da aeronave morreram no acidente.

Os manifestantes concentraram-se inicialmente na porta da Universidade de Tecnologia Amir Kabir, em Teerã, para acender velas em homenagem às vítimas, mas a vigília acabou em um protesto contra as autoridades iranianas.

A manifestação foi marcada também pela detenção, durante curto período, do embaixador britânico no Irã, Rob Macaire, por suposta participação nos protestos. Ele negou ter participado da manifestação contra as autoridades.

O protesto aconteceu após o Irã ter admitido responsabilidade na queda do avião da companhia ucraniana. Teerã admitiu que o avião foi abatido inadvertidamente por militares iranianos, que o confundiram com um míssil de cruzeiro devido ao estado de alerta decretado por causa da recente escalada de tensão entre Washington e Teerã.

A declaração de Teerã foi dada depois de informações de alguns países, especialmente dos Estados Unidos e do Canadá, de que o aparelho poderia ter sido abatido, inadvertidamente, pelo sistema de defesa antiaéreo iraniano.

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