Trump declara coronavírus caso de emergência nacional nos EUA
Decisão libera cerca de US$ 50 bilhões para combater a doença
Os Estados Unidos declararam estado de emergência nacional na tarde desta sexta-feita (13) devido à crise do novo coronavírus. A medida permite ao Executivo usar US$ 50 bilhões para combater a pandemia, que poderão ser solicitados por estados, localidades e territórios para “a nossa luta conjunta contra essa doença”, disse o presidente americano, Donald Trump, em declaração na Casa Branca.
“Para usar todo o poder do governo federal para esse esforço de hoje, estou declarando oficialmente uma emergência nacional —duas palavras muito grandes”, completou.
Trump pediu que os estados ativem centros de emergência para ajudar a combater o vírus. Com a nova medida, cerca de 5 milhões de novos testes de coronavírus serão disponibilizados, mas o republicano pediu que só realize o exame quem apresentar sintomas.
Este volume será possível pois o governo está fazendo uma parceria com o setor privado para acelerar a produção dos testes.
Na quarta, a presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, afirmou que a Casa vai aprovar uma lei para fornecer testes gratuitos, incluindo quem não tem seguro de saúde.
O presidente também disse que famílias americanas serão submetidas a procedimentos extras de segurança ao retornar da Europa, além de ficar em quarentena auto-imposta.
A norma que baliza a decisão anunciada por Trump é a Lei Stafford, de 1988, da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA, na sigla em inglês), que serve tanto para ajudar governos estaduais e municipais em caso de catástrofes naturais quanto na coordenação de uma resposta federal.
Na quarta, Trump restringiu a entrada de viajantes vindos da Europa.
No último sábado (7), o que seria apenas uma reunião diplomática com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, no resort do americano em Mar-a-Lago, tornou-se a possibilidade de o líder americano ser portador de coronavírus, pois o secretário de Comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten, que estava na comitiva brasileira, veio a receber o diagnóstico de coronavírus na quinta-feira (12).
A notícia alarmou autoridades brasileiras e americanas que tiveram contato com ele durante a visita de Bolsonaro à Flórida. A Casa Branca, no entanto, anunciou que não há necessidade de Trump, 73, e o vice, Mike Pence, 60, fazerem o teste para saberem se estão contaminados.
Nesta sexta, Trump anunciou que não tem sintomas da doença, em resposta à uma pergunta da jornalista da Globonews Raquel Krähenbühl. Mas afirmou também que provavelmente será testado.
Nos EUA, há até o momento 1.920 casos confirmados e 41 mortes registradas. (Com informações da Folhapress)