Reforma da casa de Madonna na rua das Janelas Verdes provoca polêmica em Lisboa

Um acordo verbal entre a cantora Madonna e a Câmara Municipal de Lisboa tem provocado polêmica. A estrela, que vive na capital portuguesa, está reformando a casa que comprou, o Palácio Ramalhete, e obteve um espaço público para usar como estacionamento de quinze veículos, entre carros usados na obras e particulares.

Não é a primeira vez que a Câmara Municipal de Lisboa concede esse tipo de licença precária, mediante pagamento de taxas de aluguel da área pública, mas como se trata de Madonna muitos criticam a medida, que reforçaria uma imagem do país como “república de bananas”, mas predomina a idéia de que Madonna faz bem à imagem da cidade, eleita a melhor para se viver no mundo.

Construído no século XVIII, o Palácio Ramalhete fica na Rua das Janelas Verdes, uma das mais charmosas da capital portuguesa, e ali funcionava um hotel de 16 quartos muito bem avaliado, com uma pontuação elevada de 8,8 em 10, no site especializado Booking.com. Tem em suas paredes azulejos autênticos em cerâmica e piscina aquecida, com direito a uma vista sobre o rio Tejo.

Madonna com o filho adotivo David no estádio do Benfica.

Um dos quatro filhos adotivos de Madonna, David Banda, atua no time sub-12 do Benfica, o clube de grande torcida em Lisboa, e a cantora estimula a paixão do garoto por futebol, inclusivo comparecendo com ele a eventos esportivos no Estádio da Luz, como quando foram juntos assistir ao jogo entre as seleções de Portugal e Suíça, vencido pelos anfitriões.

A Câmara Municipal de Lisboa que confirmou a cessão do espaço por empréstimo às viaturas de Madonna até ao final da obra, cujo período ainda não está definido, mediante acordo verbal:

“A CML confirma que foi feito um acordo para a cedência de espaço de estacionamento nas traseiras do Palácio Pombal. O espaço agora cedido – apenas durante um período limitado enquanto decorrerem as obras nos prédios na Rua das Janelas Verdes – já foi disponibilizado a várias outras entidades, nomeadamente ao Instituto de Conservação e Restauro José Figueiredo até Dezembro de 2017. O objetivo deste acordo precário é evitar perturbações e transtornos no trânsito local, numa artéria estreita mas bastante movimentada, que a entrada e saída de veículos das obras certamente traria para a zona. Findas as obras termina este acordo e será cobrada a verba correspondente”.

Os belos azulejos aparecem em vários cômodos do Palácio Ramalhete.