Reação à OTAN

Putin ordena que comando militar coloque forças nucleares em alerta

O presidente russo classificou as sanções impostas pelos países ocidentais como ‘hostis’ e condenou as declarações como agressivas

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O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que a Rússia estaria disposta a conversar com a Ucrânia, os Estados Unidos e a Europa para negociar o fim da guerra com Kiev (Foto: Kremlin/Reprodução- Foto: Kremlin).

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou neste domingo (27) que as forças nucleares do país entrem em alerta de combate em posição de alerta grave, depois de declarações da Otan. As informações são da agência Reuters.

“Ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe do estado-maior das forças armadas russas que coloquem as forças de dissuasão do exército russo em um modo especial de serviço de combate”, disse Putin em um discurso televisionado. De acordo com meios de comunicação russos, essas forças estratégicas são entendidas como uso de armas nucleares.

A Rússia tem o maior arsenal nuclear do mundo, e do ponto de vista operacional empata em capacidades com os Estados Unidos. Ambos os países chegaram a concentrar 70 mil ogivas em 1990, no ocaso da Guerra Fria encerrada no ano seguinte com a dissolução da União Soviética.

Durante sua fala, Putin criticou as ações que os países ocidentais estão impondo sob a Rússia e as classificou como ‘hostis’. “Os países ocidentais não estão apenas tomando ações hostis contra nosso país na esfera econômica, quero dizer aquelas sanções que são bem conhecidas, mas altos funcionários dos principais países da OTAN também fazem declarações agressivas contra nosso país”, acrescentou.

Este já é o quarto dia de invasão à Ucrânia. O ataque começou na quinta-feira, 24, após uma semana tensa entre as ameaças de Putin e as sanções que foram impostas por países membros da Otan. Desde o primeiro dia até hoje, as tropas russas já tomaram o comando da zona de exclusão de Chernobyl e continuam cercando Kiev, a capital do país.

No sábado, vários países anunciaram que vão limitar a capacidade da Rússia de fazer transações internacionais e ameaçaram impedir Putin de acessar seus US$ 643 bilhões em reservas internacionais, guardadas justamente para um aumento na severidade de sanções a que o país já é submetido desde 2014.

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