Reaproximação religiosa

Papa Francisco recebe convite de Kim Jong-un para visita à Coreia do Norte

Segundo fontes oficiais sul-coreanas, o pontífice estaria disposto a aceitar o convite do ditador norte-coreano

acessibilidade:
Papa Francisco durante a saudação do Angelus

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, entregou ao papa Francisco nesta quinta (18) a carta em que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, convida o pontífice a visitar o país. Católico, o líder sul-coreano pediu para que o papa reze pela paz, conciliação e prosperidade mútua na península coreana.

O convite a um papa é o primeiro de um líder norte-coreano desde que Kim Jong-il, pai do atual ditador, convidou o papa João Paulo 2º para uma visita em 2000, que nunca se concretizou. A situação dessa vez pode ser diferente: fontes oficiais sul-coreanas afirmam que o papa está disposto a aceitar o convite.

No mês passado, em uma reunião entre Moon, Kim e o arcebispo sul-coreano Hyginus Kim Hee-joong, o ditador pediu que o arcebispo comunicasse ao Vaticano sua intenção de trabalhar pela paz.

Apesar da liberdade religiosa ser garantida pela Constituição da Coreia do Norte, as atividades religiosas são rigorosamente vigiadas e totalmente proibidas fora das estruturas oficiais.

Antes da divisão da península, no século 20, Pyongyang era considerada a “Jerusalém da Ásia”, sendo um centro religioso importante, com inúmeras igrejas. No entanto, o fundador do regime, Kim Il-sung, acreditava que a religião cristã era uma ameaça contra seu reino autoritário e a erradicou com execuções e trabalhos forçados nos campos.

Desde então, o regime norte-coreano autorizou as organizações católicas a desenvolver projetos de ajuda em seu território, mas não tem relações diretas com o Vaticano. (Com informações da FolhaPress)

Reportar Erro