Presidente de Portugal inicia quarentena e suspende agenda por duas semanas
Marcelo Rebelo de Souza esteve com estudantes de escola em que aluno foi internado com o Covid-19
O governo de Portugal anunciou neste domingo (8) o cancelamento da agenda presidencial de Marcelo Rebelo de Souza, por causa da necessidade de isolar o presidente em casa, em uma quarentena que deve durar duas semanas. A causa do isolamento preventivo foi a notícia de que um dos alunos de uma escola de Felgueiras foi internado ontem (7) com o novo coronavírus (Covid-19). Colegas deste estudante estiveram com o presidente em sua residência oficial, o Palácio de Belém.
Uma nota publicada pelo governo português explicou que uma turma dessa escola participaram na última terça (3) do projeto “Artistas no Palácio de Belém”, em apresentação assistida pelo presidente da República. Ao fim do evento, Marcelo Rebelo de Souza tirou fotos com os alunos e professores.
A medida preventiva de isolamento do presidente acontece, apesar de os alunos não terem sido cumprimentados um a um, e de o aluno internado, nem a sua turma, terem participado da agenda com Marcelo Rebelo de Souza, em Belém.
Presidente Marcelo Rebelo de Souza tira fotos com estudantes ao fim de evento no Palácio de Belém. Foto: Presidência de Portugal
“Atendendo ao que se sabe hoje e não se sabia na terça-feira passada, tendo ouvido as autoridades de saúde, o Presidente da República, apesar de não apresentar qualquer sintoma virótico, decidiu cancelar toda a sua atividade pública, que compreendia várias presenças com número elevado de portugueses, assim como a própria ida a Belém, durante as próximas duas semanas. O mesmo fará com deslocações previstas ao estrangeiro. Será monitorizado durante esse período em casa”, explica a nota do governo português.
O governo ainda explica que a escola foi fechada e já estão sendo feitos contatos com todos os que estiveram presentes na sessão de terça-feira. O projeto “Artistas no Palácio de Belém” também teve suspensa a programação que duraria até o fim do ano letivo.
“No momento em que todos os portugueses demonstram elevada maturidade cívica perante o surto virótico, entende o Presidente da República que deve dar exemplo reforçado de prevenção, sem embargo de continuar a trabalhar na sua residência particular”, explica o governo de Portugal.