Sob protestos

Presidente da Argentina endurece toque de recolher contra avanço da Covid

Logo após o anúncio das medidas, milhares de pessoas iniciaram um panelaço de protesto na maioria dos bairros de Buenos Aires

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Ao registrar recorde nacional diário de novos casos de coronavírus, a Argentina terá restrições mais duras contra o avanço da covid-19 no país. O presidente argentino, Alberto Fernández, decidiu ampliar o horário do toque de recolher, anunciado uma semana antes, e suspendeu uma série de atividades, incluindo as aulas presenciais, até 30 de abril. O objetivo agora é evitar a saturação de doentes com covid-19 nos hospitais.

Ontem foram resistrados 27.001 novos casos. A curva de contágio ascendente já deixou outros quatro registros históricos de infecções na semana passada. O total desde o começo da pandemia subiu para 89.761, segundo o Ministério da Saúde. Já o número de mortes por Covid-19 chegou a 58.542 no país vizinho.

“O que tentamos na semana passada foi pouco. Todo o esforço que fizemos até aqui parece insuficiente à luz de como aumentam os contágios na Argentina. Por isso, decidi que entre as 20h e as 6h ninguém poderá circular pelas ruas”, disse Fernández.

Há uma semana, Fernández tinha anunciado um toque de recolher entre a meia-noite e as seis da manhã. Além disso, tinha determinado que bares e restaurantes só funcionassem até as 23h, horário que também diminuiu em quatro horas.

Além disso, a partir da próxima segunda-feira até 30 de abril as aulas voltarão a ser virtuais nos três níveis de ensino. Já as atividades recreativas, sociais, culturais, esportivas e religiosas realizadas em locais fechados serão suspensas.

“O processo de vacinação não vai parar, e o sistema de saúde não vai ficar saturado”, prometeu o chefe de Estado, que acrescentou que no domingo, 18, mais vacinas chegarão à Argentina, em um momento em que as doses disponíveis estão esgotadas.

Logo após o anúncio das medidas mais restritivas, milhares de pessoas iniciaram um forte panelaço de protesto na maioria dos bairros de Buenos Aires.

No ano passado, a Argentina manteve a mais prolongada quarentena do mundo, com 233 dias de isolamento.

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