Chanceler saúda eleição de Claver-Carone, assistente de Trump, para presidir o BID
Ernesto Araújo elogia compromisso do novo presidente com democracia e economia de mercado
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, cumprimentou a eleição de Mauricio J. Claver-Carone, assessor do presidente norte-americano Donald Trump, para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A eleição se deu em videoconferência da Assembleia de Governadores, neste sábado (12).
“Parabéns ao norte-americano Mauricio Claver-Carone, que acaba de ser eleito para a Presidência do BID com firme apoio do Brasil”, afirnou o chanceler em mensagem nas redes sociais.
“Garantia de um BID comprometido com nossos valores de democracia e economia de mercado para as Américas”, completou lo chanceler.
Claver-Carone assume o posto neste 1° de outubro e ficará no lugar do diplomata colombiano Luis Alberto Moreno. O novo presidente é o atual assistente adjunto da Presidência dos Estados Unidos, também ocupa o cargo de diretor sênior para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Conselho de Segurança Nacional do país.
Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Pela primeira vez, o BID será presidido por um representante não latino, rompendo tradição desde a criação da instituição multilateral, em 1959. A eleição de Mauricio J. Claver-Carone contou com forte apoio do governo Jair Bolsonaro, na Assembleia de Governadores. O Brasil tem uma liderança consolidada entre os países que mais influenciam decisões no âmbito do BID.
Perfil
Mauricio J. Claver-Carone é bacharel em Letras pelo Rollins College, mestre em Direito Internacional e Comparado pela Universidade de Georgetown e doutor em Jurisprudência na Universidade Católica da América.
Ele já atuou em outra instituição financeira, foi representante dos EUA no Fundo Monetário Internacional (FMI), além de ter sido assessor sênior do subsecretário de Assuntos Internacionais no Departamento do Tesouro estadunidense.
Claver-Carone é o quinto presidente do BID, sendo antecedido por Luis Alberto Moreno (2005-2020), Enrique V. Iglesias (1988-2005), Antonio Ortiz Mena (1971-1988) y Felipe Herrera (1960-1971). Para ser eleito, o candidato deve ter a maioria dos votos dos países-membros, bem como o apoio de no mínimo 15 dos 28 países membros regionais.