Vitória no primeiro turno

Marcelo reeleito presidente de Portugal com votação vexatória da esquerda

Em segundo lugar, socialista Ana Gomes empato em cerca de 12% com o direitista André Ventura

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Marcelo Rebelo de Sousa durante seu discurso da vitória, na Faculdade de Direito de Lisboa - Foto: Wikipedia.

Com quase todas as urnas apuradas nas eleições presidenciais portuguesas, realizadas neste domingo (24), o atual presidente Marcelo Rebelo de Sousa (PSD) foi reeleito em primeiro turno com 60,7% dos votos. Agora há pouco, ele deixou sua casa em Cascais dirigindo o próprio carro, sozinho, deslocando-se até a Faculdade de Direito de Lisboa, onde é professor, para o tradicional discurso da vitória.

Em seu discurso, o presidente reeleito prometeu trabalhar pela união dos portugueses. “Uma vez exercido o voto, o Presidente da República é só um e representa todo o Portugal. Um Presidente próximo, que estabilize, que una, que não seja de uns, os bons, e de outros, os maus, que não seja um Presidente de fação, que respeita o pluralismo e a diferença, que respeita a justiça social.”

A apuração mostrou ainda um desempenho constrangedor da esquerda, que, segundo afirmou Rui Rio, principal líder do PSD, não passariam dos 23%. De fato, as candidaturas esquerdistas somaram 21,3% do total. Rui Rio foi dos primeiros a saudar a vitória do candidato do seu partido.

João Ferreira ultrapassava os 4%. Marisa Matias, Tiago Mayan Gonçalves e Vitorino Silva seguiam entre os 3 e os 4%.

A principal candidata do campo de esquerda, Ana Gomes, do Partido Socialista (PS), está em 2º lugar na corrida e soma apenas 12,9%. Outro candidato de esquerda, na campanha, foi João Ferreira, do Partido Comunista Português (PSP), que não passa dos 4,2% do total. Marisa Matias, candidata do “Bloco de Esquerda”, teve só 2% do total.

A estratégia das esquerdas era levar a disputa para o segundo turno, quando, em hipotética aliança, tentariam derrotar Marcelo Rebelo de Sousa, mas o povo português derrotou essa pretensão.

A segunda posição da socialista Ana Gomes é ameaçada por André Ventura, candidato de direta ou “extrema direita”, como o rotulam na imprensa portuguesa, que tem 11,9%. Filiado ao partido Chega, Ventura se define como “liberal economicamente, nacionalista culturalmente e conservador em questões de costumes” e como um “político antissistema”.

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