Crise venezuelana

Juan Guiadó pede que Europa intensifique sanções contra a Venezuela

Segundo o presidente autodeclarado, deve-se evitar que dinheiro seja usado para "matar opositores do regime e povos indígenas"

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O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, chega à sede da delegação da União Europeia no Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O autoproclamado presidente venezuelano, Juan Guaidó, apelou nesta quinta (7) à Europa a intensificar as sanções econômicas contra o regime de Nicolás Maduro, após a expulsão do embaixador da Alemanha no país.

“Os países europeus devem reforçar as sanções econômicas contra o regime. A comunidade internacional deve evitar que o dinheiro venezuelano seja utilizado para matar opositores do regime e povos indígenas”, defendeu em entrevista à revista alemã Der Spiegel.

Nesta quarta (6), a Venezuela declarou “persona non grata” o embaixador da Alemanha em Caracas, Daniel Martín Kriener, a quem acusa de “recorrentes atos de ingerência” em assuntos internos, e deu ao diplomata 48 horas para sair do país.

À Der Spiegel, Guaidó reiterou que “condena veementemente” a decisão e pediu ao embaixador para ficar na Venezuela.

“A Venezuela vive sob uma ditadura e esta abordagem é uma ameaça para a Alemanha. Não é legítimo declarar um embaixador como indesejável”, considerou Guaidó, que agradeceu à Alemanha “a ajuda humanitária que prestou”.

Daniel Martín Kriener foi um dos embaixadores europeus que receberam, segunda-feira (4), no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, que regressava de viagem a vários países da região.

“O regime não está apenas ameaçando verbalmente o embaixador, a sua integridade física também está ameaçada”, disse Guaidó. (ABr)

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