Atitude vergonhosa

Ex-ministro do PT faz campanha internacional contra o Brasil e futuro ministro reage

Bajulador de governos, inclusive militares, Amorim agora mente contra o Brasil

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Aspone de assuntos internacionais aleatórios, o embaixador aposentado Celso Amorim deu uma esticadinha a Havana para bajular o atual chefe da ditadura cubana, Miguel Diaz-Canel

Em atitude contrária às funções que já exerceu em defesa de seu país nos governos petistas, o ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa, Celso Amorim, resolveu fazer propaganda internacional contra o Brasil, esculhambando a nação em entrevista à rede de TV americana CNN. O futuro ministro da Defesa escolhido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), general Augusto Heleno Pereira, reagiu acusando Amorim de ser o primeiro ex-chanceler a reunir diplomatas em campanha, no exterior, contra seu próprio país, “mentindo sobre a prisão do Lula, em atitude impatriótica, vergonhosa e injustificável”.

Celso Amorim demonstrou que ignora a democracia brasileira e desrespeita a vontade da maioria da população, ao sugerir nas entrelinhas a necessidade de intervenção internacional no País, sob a justificativa de que está preocupado com a possibilidade de o Brasil estar próximo de um novo regime autoritário, a partir de sua interpretação das ideias e projetos do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro.

“[Celso Amorim] fez barbaridades para colocar o Brasil no Conselho de Segurança da ONU, como membro permanente, com direito a veto. Não deu certo. Conseguiu, no entanto, acesso à História, pela porta dos fundos. É o primeiro ex-chanceler a usar vários diplomatas a ele ligados, em uma campanha, no exterior, contra seu próprio país, mentindo sobre a prisão do Lula [condenado por corrupção e lavagem de dinheiro]. Atitude impatriótica, vergonhosa e injustificável”, escreveu no fim da noite de ontem (2) o general Heleno, no Facebook.

Diplomatas estão indignados com as declarações de Celso Amorim, e um dos embaixadores brasileiros sugere que alguém vá à CNN rebater as declarações com a verdade sobre as “canalhices do PT”. Principalmente porque o ex-ministro aproveita a citação de Lula da repórter Christiane Amanpour, da CNN, para apontar “contradição” na prisão de Lula, afirmando serem “frágeis” as acusações.

Na entrevista, Celso Amorim não citou o atentado à faca sofrido pelo presidente eleito durante a campanha, nem relembrou à entrevistadora de seu serviço prestado à ditadura militar como diretor-geral da Embrafilme, entre 1979 e 1982. Mas disse se preocupar com direitos humanos e liberdade de expressão, antes de denunciar “negligência ao meio ambiente, indígenas, afrodescendentes e homossexuais”, antes mesmo de Bolsonaro assumir.

“Nunca tivemos algo semelhante no Brasil. Nem mesmo na ditadura militar, na qual a tortura era praticada mas não elogiada e nem admitida publicamente. Bolsonaro não só a admite como diz que, além de torturar, a ditadura militar deveria ter matado mais pessoas”, disse Amorim.

Além disso, o ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff profetiza que a proposta de alterar a política de desarmamento do novo governo pode provocar tiroteio em massa no Brasil, como os que ocorrem nos Estados Unidos.

“Não sabemos o que vai acontecer. Ele [Bolsonaro] tem pregado a violência, insiste em distribuir armas. Vamos ter algo similar ao que acontece nos Estados Unidos, que é algo que nunca tivemos. Temos outro tipo de violência, mas não do tipo de tiroteio em massa, o que podemos vir a ter. Mas não sabemos ainda; é cedo demais. Se formos basear a nossa opinião no que ele disse na campanha e em toda a sua vida, temos muitos motivos para nos preocupar”, disse o ex-ministro.

Celso Amorim mora no mais caro endereço do Rio de Janeiro: o Edifício Chopin, vizinho ao hotel Copacabana Palace. E tem como vizinhos milionários, com acesso à piscina e demais dependências do hotel mais requintado da antiga capital do Brasil.

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