Festa do atraso

Esquerda portuguesa ganha autorização para realizar evento com 16 mil pessoas

Festa objetiva arrecadar dinheiro para o atrasadíssimo Partido Comunista Português (PCP)

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A "Festa do Avante" ocorre todos os anos e se repetirá em plena pandemia porque o Partido Socialista (PS) precisa do apoio do PCP em votações no parlamento.

O Partido Comunista Português (PCP), um dos mais atrasados do mundo, foi autorizado a promover um “festival” reunindo 16.500 pessoas, neste fim de semana, para celebrar seu aniversário. A aglomeração do PCP é tolerada pelo governo socialista e até pela maioria da imprensa portuguesa, no momento em que o país vê ressurgirem muitos casos de covid-19.

A permissão causou protestos porque durante meses as autoridades foram muito rigorosas em relação a muitos outros eventos, muitos deles cancelados em nome do combate à pandemia.

O anúncio da festa do PCP foi feito enquanto o governo socialista de centro-esquerda busca apoio político de outros partidos, incluindo os comunistas, para seu plano de gastos de 2021.

O festival, denominado “Festa do Avante”, numa referência ao jornal oficial do PCP, mistura shows artísticos a discursos políticos na região sul de Lisboa. Em anos anteriores, a festa atraiu cerca de 100.000 pessoas, de várias idades, ao longo de seus três dias.

O evento é fonte de receita para o Partido Comunista, que tem dez das 230 cadeiras na Assembleia da República de Portugal.

A Direção-Geral da Saúde limitou o evento a 16.563 pessoas, considerando a fantasia de que, durante shows, as pessoas permaneçam a pelo menos dois metros de distância.

A ministra da Saúde do governo socialista, Marta Temido, disse que “as regras são bem pensadas”.

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