Fantasias de um ditador

Ditador da Venezuela acusa o Brasil de envolvimento em ‘plano de assassinato’

Em busca de 'inimigo externo', Maduro também ataca Bolsonaro

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Brasil não reconhece legitimidade de Maduro e reitera desejo de "restauração da democracia"

À procura de “inimigo externo” para tentar se manter no cargo, o ditador venezuelano Nicolás Maduro agora ataca o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), “denunciando” um “plano de assassinato” contra ele, no qual ninguém acredita, supostamente preparado pelos Estados Unidos com a cumplicidade dos governos brasileiro e colombiano. Ele toma posse em novo mandato, obtido de maneira fraudulenta, no próximo dia 10.

“Hoje venho, novamente, denunciar a trama que da Casa Branca se prepara para violar a democracia, me matar e impor um governo ditatorial na Venezuela”, disse o ditador nesta quarta-feira (12). “Ninguém no Brasil quer que o novo governo de Jair Bolsonaro se envolva em uma aventura militar contra o povo da Venezuela.”

O tirano, que alterou a legislação e persegue adversários para prolongar seu governo, acusou John Bolton, assessor de segurança da Casa Branca, de liderar o suposto complô. E desqualificou o presidente colombiano Ivan Duque: “Ele não quer que as relações diplomáticas, ou política, ou comunicação com o governo legítimo da Venezuela”.

Maduro pediu que as Forças Armadas estivessem “preparadas” para um ataque estrangeiro. “Nunca cometa erros porque vamos ensinar-lhes uma lição”, avisou. Na segunda-feira, o presidente gabou-se de dois bombardeiros russos, com capacidade para transportar armas nucleares e manobras militares no aeroporto Simón Bolívar, no Estado de Vargas (na costa venezuelana). As relações entre a Rússia e a Venezuela estão próximas desde que o Chavismo assumiu o poder, apenas 20 anos atrás. Sua aliança é baseada na troca de armas e equipamentos militares em troca de petróleo.

O secretário de Estado de Donald Trump, Mike Pompeo, chamou de ato de “dois governos corruptos esbanjando dinheiro público”. Enquanto isso, o governo de Vladimir Putin respondeu que as palavras dos americanos eram “inapropriadas”.

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