Brasil abandona a Celac por sua omissão na defesa da democracia
Organismo foi articulado pelo então ditador da Venezuela, Hugo Chávez
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, anunciou por sua conta no Twitter que o Brasil decidiu desligar-se do organismo multilateral Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac), atualmente presidido pelo salvadorenho Salvador Sánchez Cerén.
Nascido com a pretensão de se transformar em uma espécie de “OEA do B” ou OEA paralela, o organismo foi articulado pelo então ditador da Venezuela, Hugo Chávez.
A primeira reunião de cúpula da Celac aconteceu em Caracas, capital venezuelana, em dezembro de 2011, com Chavez de anfitrião e com a presença de personagens como Dilma Rousseff, Cristina Kirchner e outros presidentes reconhecidos pelo populismo e o pouco apreço à democracia.
“A Celac não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área. Ao contrário, dava palco regimes não-democráticos como os da Venezuela, Cuba, Nicarágua”, afirmou. O ministro também ressaltou que o Brasil tem a determinação de trabalhar com todas as democracias da região.
A Celac é um bloco regional criado em 2010 na Cúpula da Unidade da América Latina e Caribe, em Playa del Carmen, cidade do México. Já o Prosul foi formado em março deste ano a partir da assinatura da Declaração de Santiago e conta com a participação de oito países: Brasil, Chile, Argentina, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru.