Atentado no Irã deixa ao menos 24 mortos e 53 feridos
Ataque ocorreu durante desfile militar na cidade de Ahvaz, sudoeste do país
Homens armados atacaram uma parada militar iraniana neste sábado (22), em Ahvaz, no sudoeste do Irã, matando pelo menos 24 pessoas e ferindo outras 53, segundo a agência de notícias IRNA.
O ataque deixou pelo menos oito membros da Guarda Revolucionária de elite do país mortos e outros 20 feridos, informou a mídia local.
Nenhum grupo imediatamente assumiu a responsabilidade pelo ataque contra uma multidão de guardas, observadores e funcionários do governo. No entanto, o Irã enfrentou um ataque sangrento no ano passado de um grupo terrorista e os separatistas árabes da região já atacaram os oleodutos no passado.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, culpou imediatamente os ataques aos países da região e aos “mestres americanos”, aumentando ainda mais as tensões regionais.
Pelo Twitter, Zarif alertou que “o Irã reagirá rápida e decisivamente em defesa das vidas iranianas”. O ministro disse que crianças e jornalistas estão entre as vítimas do ataque.
Ele acrescentou que os atiradores eram “terroristas recrutados, treinados, armados e pagos por um regime estrangeiro”, sem afirmar de quem se trata.
Relatos de como o ataque aconteceu ainda não estão claros. Um repórter da TV estatal IRIB disse que o tiroteio veio de um parque próximo ao local.
A agência de notícias semi-oficial Fars, próxima à Guarda Revolucionária, informou que dois homens armados em uma motocicleta usando uniformes cáqui realizaram o ataque.
O governador da província de Khuzestan (cuja capital é Ahvaz), Gholamreza Shariati, disse à agência IRNA que dois homens armados foram mortos e outros dois foram presos.
‘Sinal de poder’
Apesar do ataque ainda não ter sua autoria revelada, para o vice-almirante Ali Fadavi, membro da Guarda Revolucionária do Irã, o incidente é de responsabilidade de terroristas islâmicos.
“Esse ato de terror não é um sinal de poder, mas de fraqueza e continuação das ações do Daesh no Iraque e na Síria, onde atiram em inocentes”, afirmou. (Com Folhapress)