Crise financeira

Argentina recorre ao FMI para equilibrar contas

Presidente da Argentina quer 'evitar crises como as que tivemos em nossa história'

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O presidente da Argentina, Mauricio Macri. Foto: World Economic Forum/Benedikt von Loebell

O governo da Argentina voltará a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), em busca de apoio externo, para equilibrar a situação financeira do país, depois da disparada do dólar na semana passada. O anúncio foi feito pelo presidente argentino, Mauricio Macri, há mais de dois anos no cargo.

A Argentina tinha deixado de pedir empréstimos ao FMI há mais de dez anos, desde que pagou a dívida com a instituição financeira e renegociou com a maior parte dos credores.

Macri fez o anúncio no momento em que os argentinos ainda buscam compreender as últimas medidas econômicas adotadas para frear a disparada do dólar. As ações não foram suficientes para dissipar a preocupação com a capacidade do governo de conter a inflação e evitar outra desvalorização do peso.

A moeda norte-americana chegou a 23,40 pesos nesta terça-feira, 8.

Com a forte desvalorização do peso, o Banco Central do país aumentou a taxa básica de juros de 27,5% para 40% – a maior taxa nominal do mundo.

Macri disse que um acordo com o FMI dará maior respaldo à Argentina para enfrentar o novo cenário global “e evitar crises como as que tivemos em nossa história”. Segundo ele, a decisão foi tomada de maneira transparente. “Cumprindo com os compromissos e afastando-nos da demagogia e da mentira, estou convencido de que o caminho que tomamos irá garantir um melhor futuro para todos”, argumentou.

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