Em declínio

IPCA-15 foi de -0,07% em julho e acumula alta anual de 3,09%

Em julho de 2022, a taxa medida pelo IBGE foi de 0,13%

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de -0,07% em julho, 0,11 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de junho (0,04%), de acordo com informação  divulgada há pouco pela Agência IBGE.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,09% e, em 12 meses, de 3,19%, abaixo dos 3,40% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2022, a taxa foi de 0,13%.

Período Taxa
Julho de 2023 -0,07%
Junho de 2023 0,04%
Julho de 2022 0,13%
Acumulado no ano 3,09%
Acumulado em 12 meses 3,19%

O resultado de julho foi influenciado pelas quedas de Habitação (-0,94%) eAlimentação e bebidas (-0,40%), que contribuíram com -0,14 p.p. e -0,09 p.p, respectivamente. Os preços de Artigos de residência (-0,40%) e Comunicação (-0,17%) também recuaram. No lado das altas, o maior impacto (0,13 p.p.) e a maior variação (0,63%) vieram de Transportes. Os demais grupos ficaram entre o 0,04% de Vestuário e o 0,38% de Despesas pessoais.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Junho Julho Junho Julho
Índice Geral 0,04 -0,07 0,04 -0,07
Alimentação e bebidas -0,51 -0,40 -0,11 -0,09
Habitação 0,96 -0,94 0,14 -0,14
Artigos de residência -0,01 -0,40 0,00 -0,02
Vestuário 0,79 0,04 0,04 0,00
Transportes -0,55 0,63 -0,11 0,13
Saúde e cuidados pessoais 0,19 0,07 0,02 0,01
Despesas pessoais 0,52 0,38 0,05 0,04
Educação 0,04 0,11 0,00 0,01
Comunicação 0,11 -0,17 0,01 -0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

No grupo Habitação (-0,94%), destaca-se a queda da energia elétrica residencial (-3,45% e -0,14 p.p.), por conta da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de julho. Reajustes foram aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: Curitiba (1,62%), com reajuste de 10,66% a partir de 24 de junho; Belo Horizonte (0,98%), com reajuste de 14,69% a partir de 28 de maio; Porto Alegre (-4,47%), com reajuste de 2,92% a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e São Paulo (-5,47%), com reajuste de -1,13% a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas. Além disso, houve recuo nos preços do gás de botijão (-2,10%).

A alta da taxa de água e esgoto (0,20%) decorre de reajustes aplicados em três áreas: de 8,33% em Belém (3,18%), a partir de 28 de maio; de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,77%), a partir de 1º de julho; e de 8,20% em Curitiba (0,25%), a partir de 17 de maio.

A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,40%) deve-se, principalmente, à deflação da alimentação no domicílio (-0,72%), que já havia recuado em junho. Destacam-se as quedas do feijão-carioca (-10,20%), óleo de soja (-6,14%),leite longa vida (-2,50%) e das carnes (-2,42%). No lado das altas estão a batata-inglesa (10,25%) e o alho (3,74%).

A alimentação fora do domicílio (0,46%) acelerou em relação ao mês anterior (0,29%), em virtude da alta mais intensa do lanche (0,34% em junho para 1,02% em julho). A refeição (0,17%) desacelerou na comparação com o IPCA-15 de junho (0,28%).

NosTransportes (0,63%), o resultado foi puxado pela alta nos preços da gasolina (2,99%), subitem com o maior impacto positivo (0,14 p.p.) no IPCA-15 de julho. Entre os demais combustíveis (2,28%), o gás veicular subiu 0,06% enquantoóleo diesel e etanol caíram 3,48% e 0,70%, respectivamente. Destaca-se, ainda, a alta de 4,70% nos preços das passagens aéreas, que haviam subido 10,70% em junho.

Ainda em Transportes, os preços do automóvel novo (-2,34%) e doautomóvel usado (-1,05%) registraram queda no índice do mês. Emônibus urbano (-0,72%), houve redução de 25,00% nas tarifas em Belo Horizonte (-5,17%), a partir de 8 de julho.

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