Emprego avança

Taxa de desemprego cai para 11,2%, e atinge 11,9 milhões de brasileiros em novembro

Nível de desemprego é o menor desde o trimestre encerrado em março de 2016, quando foi de 10,9%

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta (27) que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em novembro, atingindo 11,9 milhões de pessoas. A redução no trimestre encerrado em novembro foi de 0,7 pontos em relação ao trimestre junho/agosto de 2019 (11,8%) e de 0,4 pontos em relação ao mesmo trimestre de 2018 (11,6%).

A queda do indicador foi a segunda consecutiva, que ficou em 11,6% nos três meses até outubro. Desempenho que resultou na menor taxa de desemprego desde o trimestre encerrado em março de 2016, quando o índice foi de 10,9%. A taxa foi de 11,2%, em maio e abril de 2016.

O IBGE afirma que contribuíram para a baixa no desemprego em novembro abertura de vagas temporárias no comércio para o período de aquecimento das vendas deste final de ano. Tal feito levou a população ocupada a atingir o recorde de 94,4 milhões de pessoas com emprego.

A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, ressalta que o resultado confirma a sazonalidade esperada para essa época do ano, retomada desde 2017.

“Ficamos dois anos, em 2015 e 2016, sem ter a sazonalidade já que não havia geração de postos suficiente para atender à demanda por trabalho. Agora, o comércio mostra movimento positivo no trimestre fechado em novembro, o que achamos que está relacionado às datas comemorativas como Black Friday e a antecipação de compras de final de ano”, avaliou Beringuy.

Carteira assinada e renda em alta

O número de pessoas ocupadas cresceu em 785 mil, em comparação com os três meses encerrados em agosto. Desse universo, 338 mil foram empregados no comércio, em uma alta de 1,8%. O crescimento ainda foi observado no setor de alojamento e alimentação, com 204 mil ocupados a mais. E, na sequência, vem o setor da construção, com 180 mil vagas.

A mesma comparação registra alta de 1,1% na geração de empregos com carteira de trabalho, o maior crescimento desde o trimestre encerrado em maio de 2014. Foram 378 mil pessoas a mais com carteira, totalizando 33,4 milhões de trabalhadores nessa categoria.

Foi registrada a estabilidade estatística entre trabalhadores sem carteira de trabalho assinada no setor privado, com o número de 11,8 milhões de pessoas.

A renda também melhorou. Na comparação com os três meses anteriores, rendimento médio real habitual teve leve alta, de 1,1%, alcançando R$ 2.332, segundo o IBGE.

E ainda houve alta nos rendimentos recebidos por quem trabalha com alojamento e alimentação (4,4%) e outros serviços (4,3%), com estabilidade nos demais.

Informalidade e novo recorde na conta própria

A população ocupada informal atingiu 38,8 milhões de pessoas, com os indicadores de informalidade avançando, mesmo com a melhoria no emprego com carteira assinada. A alta foi de 1,2% no número de trabalhadores por conta própria, que atingiu 24,6 milhões de pessoas, nos três meses até novembro – um novo recorde na série histórica do IBGE.

“Esse movimento da carteira é positivo, mas não é suficiente para uma mudança na estrutura do mercado de trabalho. A despeito dessa reação, durante todo o ano houve crescimento nas categorias relacionadas à informalidade, como conta própria e empregado sem carteira”, concluiu a analista Adriana Beringuy.

Subutilização, para baixo

Com índice de 23,3%, o IBGE registrou a queda de um ponto percentual na taxa de subutilização da força de trabalho em relação aos três meses anteriores. Na mesma comparação, houve uma queda de 4,2%, quanto ao índice da população subutilizada, que somou 26,6 milhões de pessoas.

Já a população desalentada (formada por aqueles que desistiram de procurar trabalho) ficou estatisticamente estável, em 4,7 milhões. O equivalente a 4,2% do total da população na força de trabalho ou desalentada. (Com informações do G1)

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