Produção industrial registra a terceira queda consecutiva em setembro
Queda de 1,8% foi resultado da queda de bens de consumo duráveis e da menor produção de automóveis
A produção industrial brasileira registrou queda de 1,8% em setembro frente a agosto, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta (1º). O resultado negativo foi puxado pela queda de bens de consumo duráveis e pela menor produção de automóveis no país.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a produção industrial caiu 2%. Após três quedas mensais consecutivas no setor, esse foi o pior resultado para o mês desde 2015, quando a queda foi de 2,2%.
Apesar do registro de setembro, a indústria registrou avanço de 2,7% no terceiro trimestre deste ano em comparação com o trimestre anterior. Essa alta compensou o recuo de 2,7% do segundo trimestre, quando a greve dos caminhoneiros gerou uma grave crise no abastecimento de combustível e de alimentos em todo o país. À época, a produção industrial registrou uma queda de 10,9%.
No acumulado do ano e de 12 meses, a produção industrial brasileira registra alta de 1,9% e 2,7%, respectivamente. No entanto, o cenário é de desaceleração em relação aos meses anteriores. Em julho, a taxa acumulada em 12 meses era de 3,3% e, em agosto, de 3,1%.
Em setembro, dos 26 setores de atividade, 16 apresentaram recuo em setembro: veículos automotores teve queda de 5,1%; máquinas e equipamentos caiu 10,3%; e bebidas, 9,6%. Bens de consumo duráveis também apresentou resultado negativo, registrando queda de 5,5%, assim como bens de capital (-1,3%), bens intermediários (-1%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,7%).