Marca histórica

Paulista roda mais de um milhão de quilômetros com seu Ford Verona

O veículo de 1990 está há 27 anos com o professor Creso Peixoto

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Professor paulista roda mais de um milhão de quilômetros com seu Ford Verona. Ford/Divulgação

Ao longo da vida, algumas marcas parecem quase impossíveis de alcançar. Uma delas é a barreira de um milhão de quilômetros rodados com um carro. Pois esse feito foi realizado pelo professor e engenheiro paulista Creso Peixoto em seu Ford Verona. 

O modelo, produzido em 1990 foi adquirido dois anos depois e, desde então, está com o professor. O mais impressionante nem é o fato dele ter rodado todos esses quilômetros com o carro, mas sim, tê-lo mantido em perfeito estado de funcionamento. Além disso, ele manteve um diário de bordo com todos os custos e revisões meticulosamente registrados.

O professor foi homenageado pela Ford pelo feito.

A Ford, reconhecendo o feito de Peixoto, decidiu homenageá-lo com uma placa pelos um milhão de quilômetros. O engenheiro foi recebido pelo presidente da montadora para a América do Sul, Lyle Watters, na sede da empresa em São Paulo. 

Nascido em Campinas (SP), o engenheiro civil de 62 anos com mestrado em transportes viveu muitas histórias a bordo do sedã. Dessa experiência veio o desejo de fazer um diário de bordo do carro, assim como fazem em aviões.

O Verona 1990 rodou por mais de um milhão de quilômetros.

“Meu primeiro carro foi um Ford Corcel 1973. Desde então, fiquei fã da marca por causa do acabamento e conforto. Por isso, o segundo carro que comprei foi um Corcel versão LDO, que significava ‘Luxuosa Decoração Opcional’. Depois, veio o Verona GLX, que quer dizer Grand Luxo”, conta.

Como bom engenheiro, Peixoto se acostumou a fazer o controle de custos dos seus carros. Na maioria das vezes, rodou cerca de 200 mil quilômetros antes de trocar de veículo. Mas decidiu manter o Verona até os 500 mil para verificar se a curva de manutenção subiria muito, o que, segundo ele, não ocorreu. 

O paulista comprou o sedã em 1992.

Dessa forma, ele decidiu partir para um novo desafio: rodar com ele até o hodômetro alcançar um milhão de quilômetros. “Eu queria conhecer a evolução dos custos”, diz. Com quatro empregos em diferentes cidades paulistas (São Bernardo do Campo, São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto), Peixoto roda mais de quatro mil quilômetros por mês, o que facilitou para alcançar a meta. 

Como o professor anotou tudo que ocorreu com o carro nesses 27 anos, a jornada tem dados curiosos. No período, o Verona consumiu quase 100 mil litros de etanol, 235 litros de óleo no motor, fez 46 trocas de pneus (em duplas) e revisões a cada seis meses com o mesmo mecânico.

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