Gasolina na veia

Dojão e o brasileiro, uma paixão entre homem e máquina

Dois grupos, um de Sinop (MT) e outro de Barreiras (BA), viajaram para Brasília para encontro da marca

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Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília. Fotos: Geison Guedes/Diário Motor

Há cinco anos, o Mopar Clube de Brasília realiza o Mopar Centro-Oeste (MCO), encontro nacional de veículos das marcas Dodge, Chrysler e Jeep. Como de costume, o evento foi realizado a beira do Lago Paranoá, no estacionamento do Brasília Palace Hotel.

Na edição deste ano, cerca de 80 modelos estavam presentes no encontro. Entre os mais diversos clássicos, alguns chamavam a atenção, não por causa do veículo, mas sim pela origem dele. O evento contou com representantes de São Paulo, Minas Gerais, Paraná.

Plymouth Roadrunner também faz parte do grupo de Mopar.

Mas foram quatro grupos de antigomobilistas — três de Sinop (MT) e um de Barreiras (BA) — que mais se superaram. Eles saíram de suas respectivas cidades e vieram rodando para a Capital Federal, tudo para poder participar do MCO.

Evandro Geanezini saiu de Sinop, ao norte de Mato Grosso, junto com mais outros sete amigos em três modelos diferentes: um Charge, um Dart e um Le Baron. Eles percorreram nada menos que 1.540 quilômetros para vir e a mesma quantidade para voltar.

Evandro rodou mais de mil quilômetros com os amigos e os Dodges.

Segundo o grupo, a viagem foi muito tranquila, sem nenhum percalço no caminho. “É muito bom estar na estrada na companhia de amigos e a bordo desses carros, que são apaixonantes, confortáveis e gostosos de dirigir. Gastamos três dias para vir, andando pouco mais de 550 quilômetros por dia”.

Eles afirmam que a viagem foi tão boa que nem do consumo eles reclamaram. “O Charge fez, em média, 3,5km/l, enquanto os outros dois ficaram na casa dos 4,5km/l. Mas foi uma alegria só, principalmente para os donos de postos”, brinca Geanezini.

Já Josemar percorreu pouco mais de 600km com o 1800.

Para o baiano Josemar de Santana Macedo, a viagem foi um pouco mais econômica. A bordo de um Dodge 1800, o precursor do famoso Polara brasileiro, ele saiu de Barreiras a 611 quilômetros de Brasília e no mesmo dia chegou por aqui. “O 1800 foi o primeiro modelo com motor quatro cilindros fabricado pela Dodge no Brasil, até por isso, o consumo dele não é como dos V8. Na estrada, ele fez cerca de 11km/l”.

Como o grupo de Sinop, Macedo elogia o conforto do 1800. “A viagem foi perfeita, sem sustos. O 1800 é muito bom para viajar, principalmente pelo conforto, e é um legítimo Dodge, não deixa a desejar em nada”.

Dodges 1800 e Polara

Segundo o antigomobilista, ele escolheu o veículo pela raridade. “Além dele ter sido o primeiro quatro cilindros da marca no Brasil, é um carro difícil de achar, principalmente em bom estado. Além do que, muita gente conhece mais o Polara e esquece do 1800, por isso é sempre bom contar a história dele”.

O encontro

Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.

Para Marcus Augusto Trebien, Diretor Social do MCB, o Mopar Centro-Oeste é a representação do amor a marca Mopar, principalmente para os Dodges. Segundo ele, o veículo antigo é capaz de criar muitas amizades. “Muitos do que vieram de fora nós não conhecíamos, mas como a paixão pelo Dodge é comum, rapidamente viramos irmãos, tudo por causa de uma marca. É muito bom contar com a presença e conhecer outros apaixonados por esses carros”.

Essa paixão que Trebien conta é vista no antigomobilista José Pereira da Luz Filho. Ele, que mora em Brasília mesmo, foi ao encontro com seu raríssimo Charger R/T 1975 completamente original, até os pneus. “Ele nunca passou nem por polimento e já tá com 34 mil quilômetros rodados”, brinca Pereira.

Pereira com seu Charger R/T original.

Ele conta que, como seu modelo ainda é todo original, serviu de base para outro Charger R/T, que coincidentemente ficou ao lado do seu no evento. “Ele está até mais bonito que o meu, pois a pintura é nova. O dono mediu até o tamanho dos frisos para não errar no projeto”.

Segundo o colecionador, que conta com diversos carro clássicos, a escolha pelo Dojão é romântica. “Primeiro ele é um legítimo esportivo nacional, pelo qual tenho muita afeição. Segundo, por causa do V8tão, pode perguntar para qualquer ‘cabeça branca’ que ele vai te dizer que adora ouvir o ronco de um bom e velho V8”.

Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília.
Encontro de veículos Mopar (Dodge, Jeep e Chrysler) em Brasília. Fotos: Geison Guedes/Diário Motor

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