Desoneração da folha

Indústria têxtil prevê até 80 mil demissões se o veto de Bolsonaro não for derrubado

Presidente da Abit alerta que custo do desemprego será maior para o governo que a renúncia fiscal

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Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit) - Foto: reprodução do canal de Youtube da Rádio Bandeirantes.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Fernando Pimentel, afirmou nesta segunda-feira (2) que se o veto à desoneração da folha de pagamento não for derrubado pelo Congresso Nacional, até 80 mil trabalhadores podem perder seus empregos somente nesse setor.

A desoneração da folha de pagamento está em vigor até o próximo dia 31 de dezembro, mas o Congresso aprovou projeto que a estende por mais um ano. A desoneração beneficia 17 setores da economia que empregam 6 milhões de pessoas.

Pimentel lembrou também, durante entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, que se o veto não for derrubado, o desemprego a ser gerado sairá ainda mais caro para o governo. Ele lembra que cada desempregado é um consumidor a menos, que deixa de gerar impostos, e ainda há custos.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil alerta que, se a decisão do presidente Jair Bolsonaro não for derrubada pelo Congresso, a retomada do crescimento será ainda mais difícil:

A manutenção da desoneração da folha até 2021 foi aprovada junto com a medida provisória que permitiu a redução da jornada e de salários durante a pandemia.

Para ele, o veto contraria o que o próprio governo federal sempre pregou. Construção civil, tecnologia da informação, call center, comunicação e transportes são alguns dos outros segmentos que seriam afetados.

A sessão no Congresso para analisar o veto está marcada para esta quarta-feira (4).

Fernando Pimentel foi entrevistado pelos jornalistas Thays Freitas e Cláudio Humberto no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.

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