Um dolce pedaço do Chile em Brasília
Empresário transforma receitas de família em marca de sucesso
A marca Dolce Patagonia nasceu em Brasília, em meados de 2012, pelas mãos do chileno Cristobal Chait Mujica. Com formação em turismo e publicidade, o jovem veio para a capital em busca de emprego, mas acabou decidindo tornar-se um empreendedor. Assim, determinado a conquistar seu lugar no mercado, Mujica foi buscar na infância a inspiração para empreender: tanto a avó quanto a mãe faziam alfajores em casa, passando para o menino o gosto pela arte de fazer os doces típicos do Chile, da Argentina e do Uruguai.
Ele começou, também em casa, uma pequena produção, que era vendida para os amigos. O sucesso não tardou a chegar: o empresário conta que a concorrência era pequena. “Não havia produtos com esse padrão em Brasília”, revela. Assim, pela necessidade de ampliar o negócio, ele e a mulher, Helena Bonna, alugaram uma loja no subsolo da 309 Norte. Tempos depois, já foi preciso ampliar novamente o espaço. Contando com mais uma sócia, Mirella Montella, reservaram a loja do subsolo para a produção dos doces e alugaram outra no térreo, destinada à venda de seus produtos.
O empresário conta que sempre buscou apoio do Sebrae no DF a fim de profissionalizar sua produção por meio de consultorias e do Empretec. Em 2015, fez uma consultoria para elaboração de um plano de comunicação, visando a ampliar os canais para divulgar os negócios da empresa.
Em 2016, decidido em investir no visual merchandising da loja, desenvolveu uma nova consultoria. Inspirado nas montanhas da Patagônia, o visual da loja passou a ter uma identidade forte, o que contribuiu para reforçar sua marca. Atento às possibilidades do mercado, o empresário buscou, também em 2016, uma consultoria para análise de franqueabilidade. Ele conta que foi possível identificar oportunidades de melhorias para que a empresa tenha condições de entrar no modelo de franquias.
Para 2017, pretende buscar nova consultoria para implantar melhorias no processo produtivo e também na embalagem. “O produto, além de ser bem-feito, tem que ser bonito”, diz o empresário. Outro projeto da Dolce Patagonia é desenvolver produtos sem açúcar e sem glúten.
Atualmente, a Dolce Patagonia emprega 13 funcionários e tem um mix de negócio bem definido: a distribuição em cinco pontos comerciais, o empório (na 309 Norte e em um quiosque no Pátio Brasil Shopping) e o café. Sua visão é ser uma marca reconhecida como tradicional do Chile, transmitindo uma imagem de produção artesanal e rústica.
Para a divulgação da sua marca, a empresa utiliza o Facebook e o Instagram e também tem buscado parcerias em eventos. Quanto ao segredo de seu sucesso, Cristobal Chait Mujica revela: “99% foi trabalho; o restante foi sorte. Mesmo com a crise, seguimos crescendo”, conclui o empresário.