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Novos mercados viram alternativa para produtos com selo

Seminário internacional em Belo Horizonte debate o tema Indicação Geográfica e como o registro pode beneficiar as empresas e torná-las mais competitivas

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Belo Horizonte – A importância para o consumidor de um produto com selo de procedência e o reconhecimento do mercado foi tema de debate durante os dois dias do Seminário Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas promovido pelo Sebrae e pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), em  Belo Horizonte.

O grande desafio para os pequenos negócios que estão em regiões que têm o selo de origem concedido pelo INPI é saber comunicar melhor as vantagens de um produto com registro. “O produtor de uma Indicação Geográfica (IG) tem uma história para contar quando oferece o produto e nosso trabalho é ajudá-lo a contar essa história”, afirmou a coordenadora do projeto Indicação Geográfica do Sebrae, Hulda Giesbrecht.

Regiões que conquistaram o registro de IG são reconhecidas pela fama adquirida por algum produto ou serviço específicos daquela área ou ainda pelas características únicas da produção proporcionadas pela cultura local e o meio ambiente. Mas nem sempre o consumidor final identifica e valoriza isso.

Germana Magalhães da área de Serviços do Sebrae Nacional destaca a importância de fortalecer as cadeias de valor e verificar onde os produtos podem ser inseridos. “O importante é fazer com que eles sejam usados ou consumidos por quem de fato os valoriza, como chefs de cozinha, no caso da gastronomia”, explicou Germana.

O bom exemplo desse engajamento veio de Belo Horizonte mesmo. Um dos palestrantes do painel O Valor da Origem no Acesso a Mercados Eduardo Maia falou sobre a experiência do Festival Comida de Boteco, idealizado por ele há quase 10 anos e que desafia os chefes mineiros a criarem petiscos com especialidades da gastronomia local. “Procuramos sempre valorizar os produtos regionais, como o pequi, o queijo, a cachaça, mas houve um ano em que decidimos incluir o jiló no festival e os chefs quase me mataram, porque, pela grande procura dos restaurantes, a caixa do jiló passou de R$ 8 para R$ 65 reais”, lembra Maia.

Juan Corbalan, representante da Associação dos Restaurantes da Boa lembrança, concorda que os chefs de cozinha podem ser bons parceiros para divulgar os produtos que tem o diferencial do selo de origem. “Existe uma movimentação muito forte na cena gastronômica pela regionalidade dos produtos usados, mas é preciso garantir a regularidade no fornecimento”, alertou Corbalan.

Todas essas contribuições e sugestões apresentadas durante o Seminário vão servir de subsídio para o Sebrae Nacional definir uma estratégia de mercado para os produtos das IGs. “Nós avaliaremos essas demandas e buscaremos em nosso portfólio soluções adequadas. Também vamos propor novas alternativas para ampliar o acesso dos produtos com indicação geográfica a outros nichos de mercado”, afirmou Ivan Tonet, da área de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae.

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