Inovação em gestão

Gestão do próprio negócio ajuda pescadores e agricultores do País

Soluções criativas ajudam empresários do agronegócio a lucrar mais

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A presidente da Cooperativa de Agricultores Familiares do Sertão Alagoano (Cafisa), Luciene Gadé, prevê para o próximo ano alta de mais de 50% no faturamento da associação. Um dos fatores a que ela credita esse incremento é a mudança na gestão. Formada por pequenos produtores, a Cafisa fez parte do piloto de uma das oficinas do projeto No Campo, lançado pelo Sebrae nacionalmente nesta quinta-feira (31). A iniciativa foi apresentada pelos gerentes Ênio Queijada e Mirela Malvestiti, das Unidades de Agronegócio e Capacitação Empresarial, respectivamente.

Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Roberto Simões, presente no evento, ?o setor de agronegócios vem cumprindo um papel extraordinário e os micro e pequenos negócios são muito importantes. Ao reunir todas as soluções para o setor em um único projeto, o Sebrae demonstra, mais uma vez, sua capacidade de estar em dia e atingir todos os segmentos. É inteligente tratar os diferentes de maneira diferente?.

O No Campo tem cursos, oficinas, palestras e kits educativos para capacitação e fortalecimento do produtor rural, em vários níveis de escolarização e porte do negócio rural. São nove soluções diferentes para diversos perfis de empresários, desde palestras curtas a cursos com 59 horas de duração e consultorias. São cinco os temas abordados: gestão, comercialização, empreendedorismo, associativismo e liderança. O projeto irá atender cerca de 50 mil produtores rurais em todo o Brasil no ano que vem.

?Nós juntamos todas as soluções do Sebrae para os empresários rurais neste projeto. Nosso objetivo é fazer com que os agricultores e pescadores sejam mais do que produtores, mas também gerentes do próprio negócio?, explicou o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. A qualidade na gestão do negócio é um dos grandes desafios da agricultura familiar. A presidente da Cafisa, Luciene Gadé, que participou da oficina-piloto Gerenciar No Campo, confirma a importância de investir nessa formação. Negociar o preço dos produtos oferecidos pela cooperativa é um gargalo que está sendo superado com as técnicas aprendidas na oficina.

?Nossa produção de leite caprino aumentou muito e buscamos novos compradores, além das três prefeituras locais para quem já fornecemos. Estamos discutindo juntos uma saída para escoar essa produção sem prejuízo e temos algumas soluções em vista. Quando conseguirmos, nosso faturamento vai aumentar bastante?, disse. ?Unir nossas forças para vencer esse tipo de obstáculo é uma das coisas que aprendemos no curso?, completou Luciene.

Para ser compatível com a baixa disponibilidade de tempo do produtor rural ? considerando que 93% deles trabalham sozinhos, segundo levantamento do Sebrae ? a oficina Gerenciar No Campo proposta como piloto para a Cooperativa Cafisa tem duração de oito horas. Acessível a todos os produtores rurais, mesmo para aqueles de baixa escolaridade, essa atividade ensina de forma prática ao simular uma cidade, Campolina, que tem economia predominantemente rural.

Administrando propriedades

Para que tenham uma visão completa do seu negócio ? e não apenas dos processos de produção rurais ?, os participantes aprendem a administrar as propriedades que possuem em Campolina. Para isso, devem gerenciar recursos, pagar as taxas municipais, tomar providências para cuidar dos lotes, além de planejar o plantio, a colheita e o escoamento.

Os participantes também recebem noções de administração financeira ao simular empréstimos e relacionamento com bancos. Além disso, a oficina trabalha técnicas de negociação e venda ao convidar os produtores a comercializarem suas mercadorias na cidade.

Maria Selma dos Santos Costa é uma das 30 agricultoras do município de Pão de Açúcar (AL) que participou do piloto. Ela afirma que no próximo plantio já vai usar as técnicas aprendidas na oficina Gerenciar No Campo. “Estou convencida da importância de um planejamento, ver quanto irei gastar com sementes e limpeza do terreno, por exemplo”, contou. “Espero ter aumento nos lucros com um planejamento mais adequado”, revelou.

Pode integrar do projeto o produtor rural com faturamento anual de, no máximo, R$ 3,6 milhões, além de possuir inscrição estadual de produtor, Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNJP). Pescadores que tenham registro no Ministério da Pesca e se enquadrem nos critérios anteriores também podem participar do No Campo.

Mais informações:

Assessoria de Imprensa Sebrae

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