Petista solto

Bolsa cai e dólar dispara após soltura de Lula, beneficiado por decisão do STF

Bolsa de Valores caiu 1,18% e dólar disparou a R$ 4,168. Real teve a maior desvalorização entre países emergentes

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Lula, ao deixar a prisão e falar a militantes em Curitiba. Foto: Reprodução/Arquivo

A cotação do dólar disparou nesta sexta-feira, 8, e subiu 1,8%, atingindo R$ 4,168, maior valor desde 17 de outubro. Dentre emergentes, o real foi a moeda que mais de desvalorizou na sessão, que também foi negativa para o mercado financeiro global, devido à guerra comercial entre China e Estados Unidos. No Brasil, o cenário foi pior com a reação do mercado à soltura do ex-presidente Lula.

Na semana, a moeda norte-americana acumula alta de 4,25%, a maior alta semanal desde agosto de 2018, quando a cotação subiu 4,8% e foi a R$ 4,10. Na época, investidores temiam que a intenção de votos para Lula pudesse ser transferida a Fernando Haddad (PT-SP), que assumiu seu posto na corrida eleitoral.

A Bolsa de valores brasileira também sofreu e teve forte queda de 1,8%, perdendo os 108 mil pontos.

Analistas apontam que a cena política do país deve ficar mais instável com Lula em liberdade.

Na seara eleitoral, a decisão de agora, embora abra espaço para contestações futuras, não altera a inelegibilidade do ex-presidente. A contenda de 2022 ainda está distante e veremos muitas peças se movimentando até lá. Podemos ver até outras decisões que podem devolvê-lo à prisão, mas Lula livre em período eleitoral continua a ter peso significativo – só lembrar a confusão que levou o desconhecido Haddad ao segundo turno e deu a ele mais de 45% dos votos.

A queda da Bolsa e alta do dólar desta sessão também se devem a uma piora na guerra comercial. O presidente americano Donald Trump disse nesta sexta-feira que os Estados Unidos não concordou em retirar as tarifas impostas à China. Autoridades de ambos os países afirmaram na quinta (7) que parte das tarifas seriam retiradas com a ‘fase 1’ do acordo comercial, que deve ser assinado até o final do ano.

Além disso, o processo de impeachment de Trump avança na Câmara americana, com a divulgação de transcrições de depoimentos fornecidos por diplomatas americanos à investigação sobre a eventual pressão de Tump  para que a Ucrânia a investigasse seus rivais políticos domésticos. (Com informações Folhapress)

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